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Novo piscinão canaliza córrego Taboão
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/08/2007 | 07:27
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O próximo piscinão a ser construído pelo governo na região vai respeitar um antigo pedido: a canalização do córrego Taboão. A convite do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), o Diário visitou o local e constatou o estado de calamidade em que vivem os moradores do local, na divisa de São Bernardo com Diadema.

As margens do córrego estão tomadas pela sujeira, deixada em meio ao mato pelos cidadãos. O cheiro de esgoto é forte, principalmente em dias de calor, e a qualidade de água é, visivelmente, ruim. Basta olhar a cor: marrom. Há esgoto por todos os lados e um risco eminente de contaminação.

O mecânico Osvaldo da Silva Santos, 51 anos, mora no local há 17 e comemora a construção do futuro reservatório no bairro. “Quando cheguei por aqui tinha até peixe nessa água. Agora, a gente tem de fugir dos ratos que moram na vizinhança. Às vezes, tem até cavalo morto”, diz.

Despejo - Mas para Santos, a obra poderia ser menor e mais rápida. “Não entendo muito de piscinão, só sei que a população pede, há anos, a canalização desse córrego. Já sofremos bastante com enchentes, mas as coisas melhoraram agora. O que incomoda mesmo é o esgoto. Tem empresa que descarrega tudo aqui na água”, denuncia.

O novo reservatório terá capacidade para reter até 180 mil m³ de água, a um custo estimado em R$ 14 milhões. A expectativa do superintendente do Daee, Ubirajara Tannuri Félix, é finalizar a obra em 18 meses.

“Esse piscinão seguirá a linha do primeiro que fizemos na região do Taboão. Ele será moderno, com projeto de paisagismo no entorno e fundo de concreto. Vai contornar a Avenida Almiro Sena Ramos, entre as ruas Polônia e Birmânia”, explica.

A liberação da área já foi obtida junto às prefeituras. Para contemplar a vizinhança, o projeto evitou derrubar dois campos de futebol, de uso da população. “Tivemos a preocupação de manter um deles, pelo menos, em atividade. Também vamos precisar mexer no curso do córrego, que passará em paralelo ao reservatório”, revela Félix.

O mecânico Santos completa: “Se os ratos e o mal cheiro forem embora, vamos adorar esse piscinão.”



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