Automóveis Titulo Clássicos
Muito além do estilo Tiozão

Modelos clássicos de três montadoras mostram que emoção também pode ser aliada do conforto

Nilton Valentim
29/03/2019 | 00:15
Compartilhar notícia
Divulgação


Os principais sedãs médios, aqueles modelos que primam pelo conforto, ganharam o apelido de ‘carros de tiozão’, principalmente porque atendem a um público mais maduro, que leva em conta tradição, espaço, capacidade do porta-malas, dispensando itens ligados à esportividade.
Tiozão, segundo o Dicionário Informal, é um ‘termo pejorativo que se refere ao homem de meia-idade que age e/ou se comporta como adolescente ou pré-adolescente’.

Quando se fala em ‘carro de tiozão’, o expoente máximo do segmento é o Toyota Corolla. O carro, que está na 11ª geração (a 12ª deve chegar em outubro) e começou a ser produzido em 1966, reúne vários dos requisitos para se encaixar na definição. Entretanto, a versão XRS do modelo testada pela equipe de reportagem do Diário está longe do estereótipo. Assim, como outros representantes do estilo, conservadores por essência, mas que entregam desempenho impressionante.

COROLLA

O maior ícone entre os ‘carros de tiozão’, o Toyota Corolla circula desde 1966. Já são 11 gerações e a 12ª ( 2020), deverá ser apresentada no segundo semestre. Virá mais ecológico, híbrido,movido por dois propulsores, um a combustão e outro a eletricidade e que trabalharão juntos para proporcionar maior economia e menor liberação de poluentes.

O modelo, que nasceu no Japão e se espalhou pelo mundo – são mais de 1 milhão de unidades fabricadas só no Brasil –, reúne algumas características que agradam em cheio os tiozões. Entre elas a tradição, sobriedade e baixa desvalorização.

Da fábrica de Indaiatuba, no Interior de São Paulo, saem Corollas para los tiozones da Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia, além dos brasileiros.
São produzidas quatro versões (GLi, XEi, XRS e Altis). Foi justamente a XRS que ficou na garagem do Diário por uma semana. Rodou quase 500 quilômetros por rodovias paulistas e também pelas vias urbanas da região.

O tiozão falou alto quando foi exigido. Graças ao motorzão 2.0 Dual VVT1, que entrega 153,6 cavalos (com etanol), deu para sentir que dentro da ‘roupa’ clássica, adornada por detalhes modernosos, pulsa um coração jovem.

C4 LOUNGE

Fabricado na Argentina, o Citroën C4 Lounge tem como metas principais oferecer conforto, tecnologia e espaço, itens que estão na prioridade dos tiozões na hora de escolher um modelo. Tudo isso realmente está lá, mas ele disponibiliza muito mais que isso. O ‘motorzão’ THP Turbo Flex entrega 173 cv de potência quando o carro é abastecido com etanol e 166 cv quando há gasolina no tanque.

A transmissão automática de seis marchas é mais uma aliada na arte de proporcionar um pouco mais de tempero nos deslocamentos, seja em vias urbanas ou nas estradas. Basta apertar um pouco mais o pé direito que o carro rapidamente deixa para trás o estilo francês comedido e fica bem mais arrojado. Tudo isso sem perder a classe.

Destaque também para o painel eletrônico. A simplicidade garante charme e funcionalidade. O que é completado pela central multimídia de 7 polegadas, que, inclusive, controla o ar-condicionado.

No quesito segurança, destaque para os seis airbags. Além disso, possui sistema que mantém o carro no centro da faixa e câmera de ré com referências visuais para facilitar as manobras.

CRUZE

Muitos podem até estranhar o fato de o Cruze, da GM, estar em uma reportagem sobre ‘carros de tiozão’. Mas tem lógica, tanto que este é o único modelo nestas duas páginas que sai da linha de produção com uma gravata borboleta.

Brincadeiras à parte, é certo que o Cruze oferece uma boa dose do quesito conforto, tão apreciado pelos consumidores que optam pelos sedãs médios.
Por uma semana a equipe do Diário usufruiu de um na versão LTZ turbo. O carro conta com interior branco, com bancos revestidos em couro e comandos elétricos para o assento do motorista.

No centro do painel, multimídia de 8 polegadas Mylink, com GPS integrado e câmera de ré.

O veículo ainda oferece assistente de permanência na faixa, alerta de colisão frontal e ponto cego. Ainda no quesito segurança, airbags laterais e de cortina, vários sensores espalhados pela frente, laterais e traseira, que muito facilitavam na hora de manobrar.

Debaixo do capô, um propulsor flex turbo de 153 cavalos, aliado a transmissão automática de seis marchas, deixa o Cruze bem dinâmico.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;