De olho no transito Titulo
Levo vida no meu capacete

Hoje, 27 de julho, comemora-se o Dia do Motociclista...

Cristina Baddini
27/07/2012 | 00:00
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Hoje, 27 de julho, comemora-se o Dia do Motociclista. A data foi a data criada em 1982 para homenagear um motociclista, mecânico de moto, falecido em 27 de julho de 1974 em ocorrência de trânsito. Mas, será que temos motivos para celebrar a data? A morte nas viagens já virou epidemia com o forte aumento de ocorrências e atendimentos envolvendo motociclistas. Aumentou 21% nos últimos anos. O risco de morrer no trânsito da cidade de São Paulo para os usuários de moto é 17 vezes maior que dos usuários de automóveis.

O incremento da frota de veículos, o excesso de velocidade e o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir são fatores que, invariavelmente, contribuem para o aumento dos acidentes. É dia de celebração e, acima de tudo também,de reflexão, uma vez que enormes desafios se avizinham com o crescimento exponencial da frota de motocicletas 

MOTOQUEIRO E MOTOCICLISTA

Popularmente costuma-se dizer que aqueles trabalham com a motocicleta na entrega de malotes e demais serviços são motoqueiros ou motoboys, e aqueles que usam jaquetas, luvas e demais acessórios de couro com suas motos gigantes são os motociclistas.

Outros ainda acham que o motoqueiro é aquele que anda imprudentemente nos corredores buzinando e quebrando retrovisores, enquanto que o motociclista geralmente é aquele que obedece as leis de trânsito.

Penso que entre todos eles, independentemente da denominação, seja motociclista ou motoqueiro, há os que pilotam de forma mais ou menos prudente. Todas as pessoas que dirigem motocicletas devem respeitar a sinalização e as demais exigências inerentes à legislação de trânsito.

No fim das contas, o Dia do Motociclista é uma data que serve para lembrar o passado, refletir sobre o futuro valendo-se da prudência necessária ao pilotar no presente. 

VENCER DESAFIOS TODOS OS DIAS 

É vencer preconceitos e ao mesmo tempo aproveitar a liberdade que apenas uma moto pode proporcionar. É difícil explicar: mais fácil é subir na moto e sentir o que é ser motociclista. Aqueles que não possuem motocicletas não conhecem. E para os pilotos, nem é preciso explicar. 

Mas é importante ressaltar que 35% dos acidentes fatais com motos indicam o posicionamento no corredor como a causa maior das colisões, principalmente por conta da velocidade excessiva praticada pelos pilotos, pela invisibilidade, ou seja, os pontos cegos dos retrovisores dos carros, pela queda do motociclista entre veículos e o consequente e muitas vezes inevitável atropelamento. Na mudança de faixa, a visibilidade da moto pelo motorista (auto/caminhão) é prejudicada pela existência dos chamados pontos cegos. Não se pretende diminuir ou desconsiderar as vantagens oferecidas pelas motos, mas é preciso considerar acima de tudo, os aspectos negativos, como a poluição gerada pelas mesmas e a letalidade dos acidentes com esse tipo de veículo de transporte, na maioria das vezes individual. 

CAMPANHA

Com a proposta de humanizar o trânsito, a Asso Honda (Associação Brasileira de Distribuidores Honda), lançou neste mês, a campanha "Eu curto Motocicleta. Eu levo vida no meu capacete". A iniciativa tem o apoio de mais de 700 concessionárias e 1.000 pontos de vendas espalhados pelo Brasil.

O principal desafio da iniciativa é evidenciar que o trânsito é movido principalmente por pessoas, em vez de ser dominado unicamente pelos veículos. Assim, deve imperar o respeito e a harmonia entre os protagonistas e deve-se buscar convivência pacífica, ética e humanitária. 

Desejo a todos os motociclistas usuários, profissionais, militares, esportistas e estradeiros que trabalhem essa filosofia de convivência e curtam a vida em uma moto com seus capacetes e acelerando com moderação, prudência e inteligência.




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