Vilma, que estava internada por uma crise de hipertensão, recebeu alta às 9h35 desta terça do Hospital de Urgências da cidade, e foi encaminhada diretamente ao Deic. O médico Pedro Jorge Sousa, responsável pela saúde da empresária, informou que ela estava recuperada, em ótimo estado e com pressão normal.
O delegado Gerônimo Rodrigues informou, em entrevista à Rádio CBN, que o depoimento não poderia acontecer dentro do hospital, por medo de que houvesse manifestação de populares contra a empresária.
Depois do depoimento, a empresária passou por exames de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela reclamou de fortes dores de cabeça. Enquanto era ouvida, as filhas de Vilma — entre elas Roberta Jamilly, que era um dos bebês supostamente seqüestrados — se concentraram do lado de fora do Deic em uma corrente de oração. Elas não quiseram falar com a imprensa. O outro filho raptado, Pedrinho, não compareceu.
Prisão — A direção da Casa de Prisão Provisória, onde Vilma está detida, informou que ela ficará em uma cela comum. Os diretores da CPP disseram também que o local possui atendimento médico durante 24 horas para atender qualquer preso.
A advogada da empresária vai entrar com um novo pedido de liminar em habeas-corpus nesta terça-feira. A defesa deve requerer ainda que a empresária seja presa em uma cela separada, para não sofrer represálias de outras detentas. O centro abriga 63 presas. Segundo informações da TV Globo, se Vilma sofrer agressão, ela ficará em uma cela particular, mas perderá direitos como o banho de sol e ligações telefônicas.
Vilma Martins foi presa nesta segunda. A acusada estava na casa de Janaína, filha da amiga Ana Borges, no bairro de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana. Segundo a polícia, ela estava escondida debaixo do sofá.
Acusações — A empresária estava foragida desde o dia 28 de abril. Vilma é acusada de subtração de menor e também responderá pela falsificação de uma procuração do marido, Osvaldo Borges, para agir em nome dos dois filhos supostamente seqüestrados: Pedrinho e Roberta Jamilly.
O caso do adolescente Pedrinho foi descoberto no ano passado, quando um exame de DNA revelou que ele não era filho legítimo de Vilma. O menino foi raptado do hospital Santa Lúcia, em Brasília, cerca de 12 horas depois de seu nascimento. Desde então, os seus pais biológicos, Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós, travaram uma intensa busca pelo filho raptado.
Neste ano, outro exame revelou que Roberta Jamilly também não é filha legítima da empresária. Assim como Pedrinho, ela foi levada da Maternidade de Maio, em Goiânia, logo após seu nascimento, no dia 4 de março de 1979. A mãe biológica de Roberta é Francisca Maria da Silva, que deu à filha o nome de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva.
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