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Vilma Martins não esclarece crimes e vai para prisão
Do Diário OnLine
13/05/2003 | 13:43
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A empresária Vilma Martins Borges, acusada de seqüestrar dois bebês de maternidades de Goiás, se recusou nesta manhã de terça-feira a esclarecer os supostos crimes. Segundo reportagem da TV Globo, Vilma não quis dizer se foi ela quem raptou as crianças ou se teria participado como cúmplice dos seqüestros. Após ser ouvida, a acusada foi levada à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Goiânia, onde ficará presa em uma cela comum até a realização do julgamento.

Vilma, que estava internada por uma crise de hipertensão, recebeu alta às 9h35 desta terça do Hospital de Urgências da cidade, e foi encaminhada diretamente ao Deic. O médico Pedro Jorge Sousa, responsável pela saúde da empresária, informou que ela estava recuperada, em ótimo estado e com pressão normal.

O delegado Gerônimo Rodrigues informou, em entrevista à Rádio CBN, que o depoimento não poderia acontecer dentro do hospital, por medo de que houvesse manifestação de populares contra a empresária.

Depois do depoimento, a empresária passou por exames de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela reclamou de fortes dores de cabeça. Enquanto era ouvida, as filhas de Vilma — entre elas Roberta Jamilly, que era um dos bebês supostamente seqüestrados — se concentraram do lado de fora do Deic em uma corrente de oração. Elas não quiseram falar com a imprensa. O outro filho raptado, Pedrinho, não compareceu.

Prisão — A direção da Casa de Prisão Provisória, onde Vilma está detida, informou que ela ficará em uma cela comum. Os diretores da CPP disseram também que o local possui atendimento médico durante 24 horas para atender qualquer preso.

A advogada da empresária vai entrar com um novo pedido de liminar em habeas-corpus nesta terça-feira. A defesa deve requerer ainda que a empresária seja presa em uma cela separada, para não sofrer represálias de outras detentas. O centro abriga 63 presas. Segundo informações da TV Globo, se Vilma sofrer agressão, ela ficará em uma cela particular, mas perderá direitos como o banho de sol e ligações telefônicas.

Vilma Martins foi presa nesta segunda. A acusada estava na casa de Janaína, filha da amiga Ana Borges, no bairro de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana. Segundo a polícia, ela estava escondida debaixo do sofá.

Acusações — A empresária estava foragida desde o dia 28 de abril. Vilma é acusada de subtração de menor e também responderá pela falsificação de uma procuração do marido, Osvaldo Borges, para agir em nome dos dois filhos supostamente seqüestrados: Pedrinho e Roberta Jamilly.

O caso do adolescente Pedrinho foi descoberto no ano passado, quando um exame de DNA revelou que ele não era filho legítimo de Vilma. O menino foi raptado do hospital Santa Lúcia, em Brasília, cerca de 12 horas depois de seu nascimento. Desde então, os seus pais biológicos, Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós, travaram uma intensa busca pelo filho raptado.

Neste ano, outro exame revelou que Roberta Jamilly também não é filha legítima da empresária. Assim como Pedrinho, ela foi levada da Maternidade de Maio, em Goiânia, logo após seu nascimento, no dia 4 de março de 1979. A mãe biológica de Roberta é Francisca Maria da Silva, que deu à filha o nome de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva.




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