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Akira para ser colecionado
Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
16/07/2017 | 07:00
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Divulgação


Um ícone da cultura pop oriental, e talvez mundial, finalmente está de volta ao Brasil. Mas não se trata de um show, peça, exposição ou algum tipo de performance artística ao vivo. Sua importância está reunida em história cyberpunk que marcou diferentes gerações do universo sci-fi. Trata-se do mangá Akira (Editora JBC, 362 páginas, R$ 69,90, em média), cujo aguardado relançamento aparece quase duas décadas depois de sua primeira (e única) passagem pelo País, nos anos 1990.

A nova versão é remasterizada e conta com o aspecto japonês original, tanto no estilo quanto na leitura. É importante lembrar que sua impressão no passado era baseada em formato de comic norte-americana, incluindo ilustrações coloridas, e foi dividida em 38 edições. Na época, a publicação foi suspensa durante quatro anos devido a não conclusão da trama em sua terra natal e questões contratuais obrigaram o mercado brasileiro a esperar decisões internacionais.

Akira é apontada como a obra-prima de Katsuhiro Otomo e ganhou icônica versão em animê em 1988, ainda sem ter a trama finalizada nos quadrinhos. Ele viajou ao futuro para criar realidade onde o urbano e poderes telecinéticos dividem espaço. O cenário mostra que uma Terceira Guerra Mundial foi motivada por misteriosa explosão atômica e a cidade de Neo-Tokyo serve de palco para que delinquentes se divirtam.

Tudo começa a tomar forma quando Tetsuo, um dos jovens arruaceiros, sofre acidente envolvendo estranha criança. Ele passa a sentir intensas dores de cabeça que, ao longo das páginas, revelam ser reflexo de poder que começa a despertar. O rapaz chama a atenção do governo e o amigo Kaneda tenta descobrir o que realmente acontece com o antigo parceiro de infância, com quem tem rivalidade.

Otomo é conhecido por resguardar sua obra ao máximo. Esse mais recente contrato do autor promete revelar ao mundo espécie de ‘edição definitiva’, com alterações somente no idioma em diferentes países. A primeira foi lançada na França e o Brasil foi a segunda parada do material. O plano é que seis volumes sejam lançados, com média de 350 páginas e tamanho maior do que os mangás convencionais. Detalhe importante é que a nova tradução foi feita diretamente do japonês.

O ritmo frenético dos acontecimentos faz com que a leitura seja intensa. Mesmo com muitos mistérios guardados para as próximas edições, há informações o bastante para manter o público instigado. Claro que o estilo oitentista é facilmente reconhecido. Os quadrinhos mesclam cenas detalhadas com outras menos trabalhadas, mas nada que seja de baixa qualidade. Akira chega pronto para ter lugar de destaque em qualquer coleção.




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