A greve dos professores, proposta pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) no País, promete ganhar mais adeptos hoje. No dia em que será realizada assembleia da categoria, a expectativa da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) é de que a paralisação, iniciada há dois dias, chegue a 80% dos profissionais.
A concentração dos professores será na Avenida Giovanni Gronchi, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, na Capital, a partir das 14h. A estimativa da presidente da Apesoesp, Maria Izabel Azevedo, é reunir cerca de 20 mil educadores. "Avaliaremos possíveis propostas do governo e votaremos calendário de mobilizações", destaca.
Os educadores de São Paulo reivindicam melhores condições de trabalho, cumprimento da lei que prevê 33% da jornada de 40 horas semanais a atividades extraclasse, e recomposição de parte salarial, embutida em gratificações.

MOBILIZAÇÃO
O segundo dia de greve, ontem, obteve média de 45% de profissionais com braços cruzados em todo Estado, segundo Maria Izabel. Em Santo André, o coordenador regional da subsede, Alexandre José Ferraz, acredita em paralisação de 50% dos profissionais. Já São Bernardo alcançou média de 20%, segundo o coordenador regional Aldo Santos. Em Mauá, os números estão na casa dos 10%, de acordo com a coordenadoria regional.
Ontem, a Rua Coronel Oliveira Lima foi palco de panfletagem. Não fosse a forte chuva da tarde, a mobilização teria sido maior. Segundo o coordenador regional no município, estava programada aula aberta e apresentação de fanfarra formada por alunos.
A Secretaria Estadual da Educação diz que, assim como na quarta-feira, as escolas estaduais funcionaram normalmente e o percentual de ausências foi de 5%, o que corresponde à média habitual.