Pedestres que circulam pelo calçadão do Centro de Mauá estão insatisfeitos com a situação do espaço, principalmente na Rua Rio Branco. As obras de revitalização atrapalham comerciantes locais, que alegam paralisação da reforma há semanas. A população precisa de atenção redobrada ao caminhar por conta dos buracos e desníveis do solo.

A equipe do Diário esteve no local na manhã de ontem e constatou que os acesso às lojas fica prejudicado. Comerciantes improvisam com madeira e papelão para clientes entrarem nos estabelecimentos. A área recebe, em média, 150 mil pessoas por dia.

“O mau cheiro atrapalha muito, fora que é um perigo entrar e sair da loja, porque as pedras atrapalham e são pontiagudas”, comenta o gerente de uma loja de móveis José Luiz, 58 anos. “Aqui passam muitos idosos e crianças, e sequer colocaram uma placa avisando sobre a obra. Inclusive, gostaríamos de saber quando será concluída.”

Estagiária na Capital, a estudante de Jornalismo Caroline Monaro, 26, tem que passar por um caminho de difícil locomoção para chegar à estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “É preciso tomar cuidado porque as chances de se machucar são grandes”, salienta. “O local tem um fluxo intenso de pessoas, eles (Prefeitura) deveriam tomar alguma providência.”

O proprietário de uma cafeteria Osmar Barroso, 67, comenta o quão é complicado manter o estabelecimento em ordem por causa das obras. “Estamos sempre limpando o chão porque há muita poeira. Trabalhar com comida é complicado. A higienização é essencial”, relata.

“Já ligamos diversas vezes para a Prefeitura e nada é feito”, desabafa uma comerciante que preferiu não se identificar. “Sempre vejo idosos caindo por causa do buraco. Os cadeirantes, então. O calçadão nunca foi bom, mas agora está ainda pior”, reclama.

As obras de revitalização do calçadão tiveram início em julho do ano passado e a previsão inicial era a de que a conclusão fosse em maio de 2016. A intervenção prevê o nivelamento de solo em alguns trechos, modernização da drenagem, dos sistemas hidráulicos e elétricos e recuperação paisagística e tem orçamento avaliado em R$ 1,072 milhão.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Mauá não se pronunciou até o fechamento desta edição.