As diversas medidas de estímulo à construção civil oferecidas pelo governo federal no ano passado repercutiram favoravelmente nos números do emprego formal no setor. O segmento registrou em 2006 uma alta de 7% no nível de ocupação no país, com a geração de 98,1 mil vagas. No Grande ABC, houve variação positiva, mas de apenas 1,9% (397 postos de trabalho), com destaque para a atividade em Santo André, que teve expansão de 14,82%, ou 676 admissões.

O crescimento do emprego formal poderia ser bem mais expressivo nos sete municípios, se cidades como São Bernardo, São Caetano e Diadema não tivessem apresentado retração no indicador, jogando para baixo o dado regional. Na avaliação de entidades de trabalhadores, o setor ainda é caracterizado em muitos casos por um alto grau de informalização.

Para 2007, o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) prevê que novas iniciativas do governo, entre elas o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), podem trazer mais fôlego ao segmento, com reflexo em contratações.

O presidente do SindusCon-SP, João Cláudio Robusti, afirma que será possível um crescimento de 7% no PIB (Produto Interno Bruto) setorial, dependendo da agilidade na implementação do programa e da plena execução do Orçamento da União.

A previsão do sindicato é de que a taxa de ocupação dos trabalhadores no setor deva subir em média 5,8% até 2010 (6,5% em 2007, 12,1% em 2008 e 2,4% e 2,5%, respectivamente em 2009 e 2010), desde que a maioria das obras projetadas pelo PAC saiam do papel. “O maior acerto consiste nos estímulos proporcionados à expansão da infra-estrutura e da oferta da habitação. Isso significa crescimento econômico, com geração de emprego e renda”, diz Robusti.

CONTRAPARTIDA - Para a Conticom (Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira), filiado à CUT, o PAC deve explicitar nos investimentos do plano, metas de emprego e de formalização, para um monitoramento dos resultados gerados.