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Velocidade poderá salvar o big data
Do Diário do Grande ABC
16/07/2016 | 09:04
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Artigo

Em 1819, uma mensagem levaria 27 dias para fazer a travessia do Oceano Atlântico a bordo do navio a vapor SS Savannah. Exatamente um século depois, esse mesmo trajeto poderia ser feito em apenas três dias, embarcando no primeiro voo transatlântico direto. Mais um século passou e já estamos conectados ao mundo todo em tempo real. Estamos lidando com mais de 2 bilhões de usuários de redes sociais e smartphones ao redor do mundo – e todos eles gerando valiosos dados.

No campo da ciência, um dos maiores telescópios em operação desde 2000 – o SDSS (Sloan Digital Sky Survey) – gerou 150 terabytes de dados em 15 anos de operação. Esses dados foram disponibilizados para consulta da comunidade científica, contribuindo para mais de 5.800 artigos científicos e cerca de 250 mil citações. E vai além – novo telescópio está sendo construído no Chile e deve ficar operacional em 2019. O LSST (Large Synoptic Survey Telescope) produzirá 40 terabytes ao dia. Ou seja, em apenas quatro dias será gerada a mesma quantidade de dados de toda a vida útil do SDSS.

Outros setores também têm sofrido transformações disruptivas no modo de lidar com essa explosão de dados. Na indústria automobilística, número significativo de carros conectados já circula nas ruas, e deve somar 150 milhões de automóveis ligados à IoT (Internet das Coisas) até 2020. Na aviação, um Boeing 787 Dreamliner produz quase um terabyte de informações por voo. E algumas companhias aéreas já estão colocando sistemas de streaming de dados a bordo de modelos como o próprio 787, tornando a caixa-preta acessório de necessidade questionável.

Então, quando consideramos a previsão de mais de 50 bilhões de dispositivos conectados à IoT até 2020, estamos tratando de volume de dezenas de milhares de petabytes por dia. É algo tão massivo que, até o momento de o dado ser armazenado e processado por métodos tradicionais, já corre o risco de se tornar irrelevante diante da velocidade exigida nos negócios. As empresas precisarão compreender a necessidade de mergulhar na cultura de dados em tempo real ou perder para volume que praticamente dobra a cada dois anos.

Com esse novo paradigma dos moldes de big data, no qual o volume de dados é tão surpreendente quanto as velocidades exigidas para processamento e análise, a realidade dos times de TI caminha entre o tempo real e o futuro. É impressionante o quanto evoluímos desde a viagem do SS Savannah, há 200 anos, mas, talvez, as mudanças para tirar grande proveito da próxima década conectada sejam ainda maiores. É preciso lidar com a realidade de dados em peso, medida e, principalmente, velocidade em novo patamar.

Marlos Bosso é consultor de pré-vendas da empresa SAS Brasil.

Palavra do leitor

Comissionados
Sabemos, desde outrora, que existem muitos funcionários que foram aprovados em concursos públicos, nas esferas federal, estadual e municipal, com boas notas para exercer com competência os aspirados cargos. E que sonham com ligação ou correspondência (e-mail ou correio) agraciando-os, por méritos, com seus tão sonhados e esperados empregos. Porém, como comissionados respondem por expressiva parte desses cargos, cabe ao concursado somente a esperança. Pois muitos desses comissionados trabalharam nas campanhas dos patrões quando estes se tornam candidatos. O pior é que quando passamos por instituto que dá abrigo aos comissionados, muitos podem ser pegos pendurados em seus celulares, tablets e até no telefone da própria unidade, alimentada por nossos impostos. Em ações e assuntos de cunho particular. E sabem quando é que teremos inspetoria ou política, com caráter e compromisso, para acabar com essa chaga? Jamais!
Cecél Garcia
Santo André

Farol baixo
Em 1978, após tirar a carta de motorista, fiz minha primeira viagem dirigindo. Na estrada, meu avô disse: ‘Acenda a lanterna’. Eu questionei: ‘Por quê? Estou enxergando’. Logo, ele explicou: ‘Não é para você enxergar; é para você ser visto’. Desde então, em todas as viagens que faço, acendo a lanterna do carro. Agora também acendo os faróis.
Edson Roberto Peleteiro
Santo André

Resposta
Em resposta à carta do munícipe Antônio Carlos Pattaro (Perigo, dia 13), a Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos, informa que trata-se de um caso referente a posturas municipais e os proprietários dos imóveis da Rua Olavo Gonçalves foram notificados para limpeza e capinação dos terrenos, com prazo de atendimento até 5 de agosto de 2016.
Prefeitura de São Bernardo

Carro novo
Já foi o tempo em que possuir carro 0km era o maior sonho de consumo. Motivo de status e plena satisfação, que por vezes gerava conflitos, devido a ostentação e provocação entre familiares,amigos e vizinhos desafortunados e chatos. Atualmente, vemos o carro como vilão e a indústria automobilística na pior crise mundial. Está chegando ao ponto de ficar inviável possuir carro,mesmo usado e popular. O custo/benefício criou enorme abismo na realidade financeira do nosso povo. A alternativa é alugar quando houver necessidade. Lembre-se de que não é preciso comprar vaca para tomar leite. Pesquisas mostram que os veteranos do volante estão abandonando o hábito de dirigir. Quanto aos jovens,esses aderiram à nova ordem de
comportamento: geração saúde e ecologicamente correta. Hoje,podemos ver nas ruas muitos jovens e adultos circulando de bicicletas e usando com maior frequência o transporte público. Os jovens estão investindo seu dinheiro em viagens, cursos, imóveis ou negócio próprio. Eles descobriram que ninguém se torna super-herói e conquista o mundo somente por dirigir belíssima e potente máquina. Basta de aventuras velozes, furiosas e ilusórias.
Mario Mello
Santo André

Vergonha
No Brasil, a corrupção compensa e as punições já viraram brincadeira que nossa sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder público e privado, aprendeu: a impunidade leva a se nivelar por baixo, aceitando que roubar o contribuinte se tornou ato politicamente correto para que o projeto de poder civil fascista, fundamentado no suborno e em assistencialismo comprador de votos, seja seguido por inexoravelmente todos os partidos. A comissão do poder público, diante da imunda degeneração moral das relações públicas e privadas, deixa-nos alternativa de qualificação: estamos diante do poder público em todos os níveis mais safado, corrupto e sem-vergonha da história. Que Nação é esta aonde não se vê limite para a falta de moral de homens públicos, catapultada pela postura igualmente imoral de empresários, ambos os lados em sua ânsia de abusar do patrimônio público em benefício próprio? Como explicar o que está acontecendo com o Brasil para os nossos filhos e netos e, ainda pior, que País os aguarda no futuro? Que vergonha!
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo 




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