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Tite dá primeira entrevista pela Seleção e causa boa impressão

Técnico quer se basear em transparência,
democratização, excelência e modernidade

Por Dérek Bittencourt
21/06/2016 | 07:00
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Rafael Ribeiro/CBF


Quanta diferença. Essa foi a sensação que Tite passou durante a coletiva de apresentação como técnico da Seleção Brasileira ontem, na sede da CBF, no Rio. Em comparação ao antecessor Dunga, o novo treinador demonstrou um trato diferente com a imprensa, não se esquivou de questões e declarou se basear em quatro pilares: transparência, democratização, excelência e modernidade.

“É a forma que penso e que trago para o futebol e em todas as áreas também”, declarou Tite, por mais de uma vez questionado sobre ter assinado no ano passado manifesto pela saída do presidente da confederação, Marco Polo Del Nero. “O convite que me foi feito: para ser técnico da Seleção Brasileira de futebol. (...) A maneira que eu tenho de contribuir é ter minha autonomia para desenvolver o futebol. É uma responsabilidade muito grande. Democratização, transparência, modernização”, declarou.

Antes da coletiva, Tite, 55 anos, foi presenteado por Del Nero com uma camisa da Seleção com o nome de sua mãe, Ivone Bacchi. No alto de sua sinceridade e humildade, o treinador admitiu ansiedade para o novo cargo. “A perna estava balançando, vivo com a expectativa. É o lado humano que nós temos. É que todos, inclusive o Neymar, querem o bem da Seleção. Compete a nós encontrarmos o melhor caminho, buscar isso. E começo a trabalhar e potencializar o melhor caminho.”

O treinador explicou o que o motivou a aceitar o convite para comandar apenas a Seleção principal, não a olímpica – que ficará sob comando de Rogério Micale. “O foco é a classificação no Mundial e não estamos em zona de classificação. Vamos trabalhar em cima disso. Mas claro que corre o risco (de ficar fora). Se tu não aceitar, você vai estar lutando contra a realidade. Estou aqui porque, infelizmente, o resultado não veio. É um fato real. Mas há toda uma qualidade para que a gente cresça e busque essa situação. É assim nas equipes e também vejo assim em seleções.”
Tite ainda falou que haverá rodízio de capitães, que nenhum jogador está descartado e que a Seleção não deve ter sua cara. “Tem de ter a cara do Brasil, da característica dos atletas”, disse. “Senso de equipe. Nós precisamos ter”, encerrou. 




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