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São Bernardo abandona reforma dos cemitérios Carminha e Pauliceia

Obras iniciadas em 2014 deveriam ter sido concluídas em março de 2015

Leonardo Santos
Especial para o Diário
11/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


 As obras dos cemitérios municipais Pauliceia e Carminha, em São Bernardo, iniciadas em 2014 e que deveriam ter sido finalizadas em março do ano passado, estão abandonadas há pelo menos dois meses. A Prefeitura rompeu o contrato com a empresa responsável pelas intervenções – Provence Construtora Ltda – que juntas somam R$ 4 milhões em investimentos.

Moradores do entorno estão insatisfeitos com a situação. “Cansei de ver ratos saindo de lá (Cemitério Pauliceia)”, relata Edson Antonholi, 39 anos. No local há nove anos, o comerciante afirma que a obra está paralisada há tempos e que a Prefeitura não toma providências. “Além de acabar com a estética do bairro, a reforma deveria estar pronta. Eles (Prefeitura) deveriam finalizar e acabar com essa situação.”

Moradora do bairro Pauliceia há 20 anos, Rosalice Souza Costa, 41, considera que o odor deixado no local é um descaso com a população. “O cheiro de mofo chega a ser insuportável”, salienta. “O cemitério é antigo e bem tradicional aqui em São Bernardo. É um descaso para os familiares que visitam as tumbas.”

A equipe de reportagem esteve nos cemitérios em outubro do ano passado para analisar o andamento das obras e voltou ontem. Nenhum operário estava trabalhando na área.

Entre as promessas anunciadas pela Prefeitura estão a construção de área para funcionários, administração e sanitários públicos acessíveis, assim como a ampliação das salas de velório, passando de cinco para seis no Carminha e de quatro para oito no Pauliceia.

A estudante de Administração Manuela Romão, 25, mora próximo ao Cemitério Carminha, e diz que não vê avanço nas obras há muito tempo. “Parece que essa placa informando que estão revitalizando é para enfeite”, comenta. “Todo esse dinheiro envolvido e nenhuma conclusão nessa reforma.”

A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos, informou que o contrato foi rescindido com a empresa devido a problemas operacionais e comerciais, que fizeram com que não fosse possível cumprir o cronograma de obras previsto. “Estamos adotando as providencias administrativas previstas na lei 8666/93, a fim de contratar o remanescente da obra, que deve ocorrer nos próximos dias”, completou.




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