O São Caetano vem perseguindo a liderança da Série A-2 do Paulista desde a quinta rodada e quer chegar lá às 17h, diante do Guarani, no Anacleto Campanella, em duelo válido pela 11ª rodada. Com 20 pontos, em quarto, a equipe precisa vencer o Bugre, que tem 14, em 11º, e torcer contra Bragantino (21) e Mirassol (20).

Mesmo com os problemas do adversário, o técnico Luís Carlos Martins não acredita que os jogadores sejam influenciados pelo momento ruim dentro e fora do gramado.

“Antes do treino (ontem) tive uma conversa com o grupo e falei sobre isso. Esses problemas fazem parte de um time grande, como o Guarani. Mas dentro do campo isso não existe. Talvez seja até uma motivação maior para eles. Pedi para os atletas jogarem dentro dos nossos padrões para errarmos menos. Taticamente a gente vem jogando bem, mas tecnicamente às vezes têm erros. Independentemente de momento e posição na tabela, sabemos que todos os jogos são competitivos”, afirmou o treinador, que também não se empolga com a boa fase do Azulão, o único invicto no Estadual.

“Estamos em um momento bom, mas o campeonato é traiçoeiro. Não adianta ir no barulho, temos que jogar dentro das nossas características, que são o toque de bola e aproximação com compactação tanto para atacar quanto para defender.Não existe jogo fácil”, concluiu.

Para o confronto, Martins não terá três peças importantes de seu esquema – o lateral-direito Grafite, o volante Esley e o atacante Jô Fernandes.

O defensor já não atua há cinco jogos por conta de estiramento no músculo posterior da coxa direita e só deve retornar às atividades semana que vem. O volante sofreu entorse no joelho direito e ainda não se sabe a extensão da lesão por conta do inchaço no local, mas é certo que ele não volta para a primeira fase da A-2. Já o atacante está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

A tendência é que Léo Pereira seja mantido na direita, com Gercimar reforçando a marcação no meio e Júlio César no comando do ataque.

Bugre quer afastar crise no futebol

Sem vencer há três jogos – duas derrotas e um empate –, o Guarani vem ao Grande ABC com objetivo de aliviar a crise que o clube vive dentro e fora dos gramados.

Nesta semana, o Bugre foi notificado que está sendo processado por grupo de 19 jogadores, além do técnico Paulo Roberto Santos e do ex-gerente de futebol Leandro Rocha – eles estavam no clube na disputa da Série C, no ano passado, e cobram R$ 3 milhões em salários atrasados, férias, depósitos do FGTS e multas por não pagamento de verbas rescisórias.

A situação nos gramados não é muito melhor. Após a derrota por 1 a 0 para o Paulista em casa, o Guarani afastou o atacante Ricardinho, que tem passagem por São Caetano e São Bernardo, por considerar que o jogador foi responsável pelo gol do Galo e ainda não ter apresentado bom futebol.

Dois dias depois da derrota, o elenco se reapresentou proibido de dar entrevistas e o treino não pôde ser acompanhado pela imprensa local, indicando que houve discussão interna para lavar a roupa suja.

Para piorar, o técnico Pintado tem o desfalque do meia Fumagalli, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. (com Agências)