Uma falha nos explosivos plásticos utilizados pelos criminosos na tentativa de assalto à Protege, em Santo André, na noite de anteontem, evitou que a quadrilha invadisse o prédio da empresa.

Segundo o delegado seccional de Santo André, Luís Carlos dos Santos, seria muito difícil para os funcionários de segurança da empresa conter os assaltantes casos eles entrassem. “Os criminosos teriam dominado os vigilantes e provavelmente teriam efetuado o roubo”, acredita Santos.

Enquanto parte dos criminosos trocava tiros com os vigilantes da Protege, que estavam em duas guaritas, parte da quadrilha tentava estourar uma das paredes, que levaria à tesouraria da empresa.

Segundo a polícia, o artefato chegou a ser detonado, mas não com a força prevista, e assim a parede resistiu. “Pode também ter havido um erro de cálculo por parte deles”, diz o delegado.

Horas depois da tentativa de assalto, a polícia apreendeu dois veículos utilizados pelos criminosos na ação. Na Rua Padre Miquelino, no bairro Utinga, um Astra cinza foi abandonado pelos ladrões. O carro tem marcas de balas e foi roubado em agosto de 2007 no bairro Água Rasa, na Capital. Dentro do veículo, havia três bolsas, que seriam supostamente utilizadas para acondicionar o dinheiro da empresa.

Uma moto Yamaha XT 660R azul também foi encontrada. Estava na Rua dos Coqueiros, no bairro Campestre, mesma via onde está a Protege e ocorreu a tentativa de assalto. A polícia não confirmou se a moto é roubada.

O delegado seccional também afirma que recebeu no final da tarde de ontem as imagens das câmeras de segurança da empresa. “Vamos analisar com calma para tentar identificar os criminosos”, diz Santos. As imagens não foram divulgadas.

A polícia não descarta que alguns integrantes da quadrilha tenham participado do assalto ocorrido a outro prédio da Protege, no bairro Água Branca, Zona Oeste da Capital. em setembro passado.

Durante a ação em São Paulo, aproximadamente 20 homens invadiram um prédio vizinho e explodiram a parede que dava acesso à empresa.