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Jardim Detroit espera praça há cinco anos

Terreno onde deveria ter equipamento de lazer está tomado por entulho, lixo, ratos e baratas

Natália Scarabotto
especial para o Diário
12/01/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Um parque com opções de lazer para moradores deveria ser o cenário da Avenida Jerônimo Moratti, no Jardim Detroit, em São Bernardo. Em vez disso, a paisagem é tomada por lixos, entulho, automóveis abandonados e mato alto.

A construção é aguardada pelos moradores há pelo menos cinco anos, quando famílias que moravam no terreno de forma irregular foram removidos e encaminhados para unidades habitacionais.

No ano passado, o Diário cobrou explicações da Prefeitura sobre o problema. Na época, a assessoria respondeu que o parque seria construído até o fim de 2015. Quase um ano depois, ainda não há sinais de que a obra vá começar.

O sentimento da população local diante do cenário é um só: o de abandono. “Eu fico triste (com a situação)”, contou o aposentado e presidente da Associação de Moradores do Bairro, Osvaldo Gomes da Silva, 67 anos.

O terreno gera preocupações sobre insetos, doenças e falta de segurança. “Imagina se uma criança ou senhora passa por aqui à noite? Ninguém sabe o que pode acontecer. É perigoso”, afirmou Silva.

Do outro lado da rua, a situação da Praça Vera Lúcia da Silva também é desanimadora. No local, de aproximadamente 800 m², a vegetação está alta, o que dificulta o passeio pela pista de caminhada, além de atrair mosquitos, baratas e ratos. Os brinquedos do parquinho infantil estão enferrujados e quebrados. “Como é que as nossas crianças vão brincar assim? Esse é o único espaço que elas têm”, disse o comerciante Daniel Bonfim, 43.

“É um abandono isso. A gente queria fazer uma parceria com eles (Prefeitura), mas nunca atendem a gente. Acho que ele (prefeito Luiz Marinho PT) nunca andou por aqui para ver nossa situação”, reclamou Silva.

Procurada, a Prefeitura informou que já foi concluída a primeira etapa para a implantação do parque, que consistiu na transferência das 679 famílias para o Conjunto Habitacional Três Marias, na demolição das precárias moradias, na remoção do entulho e na execução dos serviços de terraplenagem e drenagem. A administração afirmou também que não há entulho remanescente das obras já executadas na área e, sim, ponto viciado de deposição de entulho.

Já sobre a continuidade das obras, a Pasta disse que os trabalhos foram reprogramados junto à Caixa Econômica Federal, entretanto, a empresa contratada não conseguiu retomá-las no prazo previsto. O município estuda alternativas para concluir a intervenção na área e implantar o parque.

Em relação à praça, a Secretaria de Serviços Urbanos informou que enviará equipe técnica para fazer vistoria no local.




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