Uma comemoração tímida, quando se leva em conta a importância deste Sesc para o lazer do morador da região e até de São Paulo (17% do público que freqüenta a unidade vem da capital). Ao contrário de programar vários eventos para marcar a data, o Sesc optou por não vincular o aniversário às atrações e por manter o mês de março como “mais um período de atividades”. O diretor Felipe Mancebo chama as mostras fotográficas de “maneira poética de agradecer a essas quase 700 mil pessoas que são nossos colaboradores e que ajudaram a formatar essa unidade”.
Essa timidez, no entanto, desaparece nas ações previstas para o ano: manter peças em cartaz pelo menos durante dois meses – coisa rara na região –, adquirir projetor de 35mm e 16mm e exibir filmes do circuito de arte no espaço de eventos, firmar parceria com a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Santo André nas comemorações dos 450 anos da cidade e integrar junto com o Sesc São Caetano o projeto musical Plataforma ABC, estendendo este evento para teatro e dança da região.
Inaugurado com show gratuito de Beth Carvalho, Lecy Brandão e Bezerra da Silva, que levou 8 mil pessoas ao estacionamento e arredores, o Sesc atingiu no domingo passado seu recorde de público em um fim de semana. Ao longo do dia, passaram por lá 10.772 pessoas. O bar da piscina, chamariz nestes dias de calor, recebeu o grupo de samba Bom Partido, de Florianópolis (SC), às 13h. Neste domingo, a atração é Produto do Morro, de São Paulo.
Na programação do teatro para este ano, destaque para Quando o Lobo Mau Conta a História, criação do próprio Sesc Santo André e previsto para outubro. São espetáculos com textos para o público infantil escritos por Nelson Rodrigues, Oscar Wilde e Plínio Marcos. Em abril, estão agendadas a estréia da peça Um Merlin, com Antônio Petrin, e a exposição O Mundo do Giramundo, com acervo e espetáculos do grupo mineiro de teatro de bonecos, ambos em abril. Em novembro, o ABC Dança terá espetáculos, oficinas e debates com grupos da região.
Em música e projetos especiais, a agenda já inclui Os Bregas Também Amam, shows com artistas que representam esse “gênero” em julho, Os Malditos, shows, cinema e exposição que mostrarão em agosto a arte marginal em diversas linguagens e épocas, e Manifesto Música Nova 40 anos, com shows e debates por conta do manifesto lançado há quatro décadas por Julio Medaglia, Rogério Duprat e Sergio Mendes.
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