Três universidades do Grande ABC tiveram seus cursos de graduaçao classificados entre os dez melhores do país, de acordo com o ranking da revista Playboy, divulgado na ediçao de setembro. A Umesp (Universidade Metodista de Sao Paulo) e a FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), ambas de Sao Bernardo, e a Escola de Engenharia Mauá, de Sao Caetano, sao as mesmas escolas da regiao que figuraram no ranking de 1998, mas a média de colocaçao deste ano foi melhor.  

A Umesp, reconhecida por seus cursos na área de Comunicaçao, recuperou-se em parte da queda na classificaçao do ranking anterior. Jornalismo voltou a ocupar a terceira colocaçao, agora dividida com a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica). A mesma posiçao fora ocupada em 1997, antes de o curso cair para a 4ª colocaçao no ano passado.  

Publicidade e Propaganda foi a melhor recuperaçao da Umesp: o curso ficou em 3º lugar, assim como em 1997, depois de ter estado em 6º no ano passado. Relaçoes Públicas foi a única habilitaçao que nao apresentou melhora: ficou na 5ª posiçao, confirmando a curva descendente de classificaçao - em 1997, RP estava em 2º lugar, e em 1998, em 4º.

"A própria mobilizaçao dos alunos e professores, depois da queda no ranking do ano passado, ajudou a melhorar a classificaçao da Metodista. Mas a queda, como no caso de Relaçoes Públicas, nao quer dizer que a Metodista piorou, mas sim que o conjunto foi melhor. É uma competiçao saudável", afirmou o reitor da Umesp, Davi Barros.  

A Escola de Engenharia Mauá se revelou no ranking das melhores faculdades do país. O curso de Engenharia de Produçao, instituído em 1996, ficou em 8º lugar na classificaçao; e o de Engenharia Elétrica entrou pela primeira vez no ranking, ficando em 9º. As engenharias Mecânica e Metalúrgica subiram uma posiçao em relaçao a 1998, ambas ocupando a 9ª classificaçao. Engenharia de Alimentos manteve-se estável na 4ª posiçao.  

A classificaçao no ranking da Playboy agradou o professor Otávio de Mattos Silvares, diretor da Escola de Engenharia Mauá. "Estar entre os dez primeiros é uma boa posiçao. Isso reflete os investimentos que a escola tem feito nao só em infra-estrutura física, mas também no desempenho dos próprios professores." Silvares lembrou que há quatro anos existe na Mauá um projeto interno chamado Motivaçao. "Com o projeto, reunimos professores e especialistas na área de educaçao para estudar o problema da didática, da pedagogia para o nível superior."  

A FEI também esteve bem colocada no ranking deste ano. O curso de Engenharia Mecânica empatou com a Escola de Engenharia Mauá em 9º lugar, depois de ter desaparecido no ano passado entre os classificados. As engenharias de Produçao e Elétrica permaneceram estáveis, na 6ª e na 8ª posiçao, respectivamente. O único curso da FEI que caiu na classificaçao foi Engenharia Metalúrgica, que ficou em 10º lugar, depois de ter estado em 8º, em 1998, e 7º, em 1997.  

Para o professor Alessandro La Neve, vice-diretor acadêmico da FEI, a classificaçao da faculdade é muito boa. "Estamos classificados entre escolas federais e estaduais de todo o Brasil, que recebem muito apoio para pesquisas, e isso dá certa fluidez ao ranking. Encabeçamos a lista das escolas particulares, e nossos cursos sao muito bem cotados. A indústria é prova disso, pois nossos alunos se formam já empregados."

La Neve acredita que o processo de renovaçao da parte curricular e a melhoria da infra-estrutura física da escola contribuíram para a boa classificaçao no ranking.