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Previdência privada corporativa está em alta
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
15/09/2008 | 07:18
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O fato de se aposentar sem remuneração adequada aflige os trabalhadores. Por isso, o sucesso dos planos privados corporativos é cada vez maior. Além de competitividade no mercado e fortalecimento da imagem, as companhias que aderem a esses planos têm direito à dedução fiscal das contribuições, até o limite de 20% da folha salarial anual dos participantes do plano.

As previdências empresariais captaram R$ 2,138 bilhões entre janeiro e junho desse ano, contra R$ 2,038 bilhões entre janeiro e junho de 2007, com alta de 4,90%. Esses dados são da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

Segundo Luis Fernando Coelho, superintendente técnico de planos corporativos da SulAmérica, a previdência privada empresarial representa 30% da receita da empresa. Ele afirma que nos últimos anos o número de empresas que tem procurado oferecer esse beneficio a seus funcionários tem crescido. "A companhia está preocupada em garantir e orientar seu colaborador para se preocupar com a aposentadoria, uma vez que a expectativa de vida tem aumentado", explica.

A empresa desenha o plano empresarial de acordo com sua necessidade e geralmente contribui com um percentual. Segundo Coelho, normalmente esse percentual fica entre 4% e 7% do salário do funcionário, enquanto o colaborador contribui com a mesma quantia. "Não existe uma média porque depende de setor", explica.

Coelho lembra que esses planos começaram a ganhar força a partir de 1994 com o plano real, já que a inflação caiu. Segundo o executivo, naquela época quem oferecia isso a seus funcionários eram grandes empresas, mas hoje esse perfil tem mudado e médias e pequenas também já tem procurado a seguradora para contratar os planos.

O trabalhador que sair da empresa, seja por demissão ou por conta própria, poderá continuar com o seguro. Mas para isso, é preciso ficar atento ao vesding - conjunto de cláusulas, constante do contrato entre a seguradora e a instituidora - contrato este que o participante, tendo expresso e prévio conhecimento, é obrigado a cumprir para que lhe sejam oferecidos e colocados à sua disposição, os recursos da Provisão decorrente das contribuições pagas pela empresa.

A idade média na carteira da SulAmérica caiu de 42 anos para 33 anos nos últimos sete anos. "As pessoas estão entendendo que quanto mais tempo se contribui melhor é para ter um complemento de sua aposentadoria", explica.

Lucio Flávio Conduru de Oliveira, diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência, acredita que os gestores têm se preocupado com a aposentadoria de seus colaboradores, por isso, o aumento de adesão a esses planos. A economia está crescendo e para fidelizar o quadro de colaboradores essa é uma ferramenta importante.

De julho de 2007 a junho desse ano, o mercado de previdência captou R$ 3.968 bilhões. Desse montante a Bradesco Vida e Previdência é responsável por 40,7% bilhões, o que representa R$ 1.615 bilhões. Segundo Oliveira, de janeiro a junho o mercado arrecadou R$ 2.138 bilhões, e a Bradesco foi responsável por 40,6%, ou seja, R$ 868 milhões.A empresa conta com 1.926.848 planos de previdência, dos quais os empresariais representam 538.590, de 41.859 empresas. A idade média na carteira da Bradesco é de 34 anos.




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