O grupo francês Vivendi anunciou na última sexta-feira acordo para a compra de até 57,5% da operadora de telefonia GVT, em uma operação na qual avaliou a companhia em R$ 7,2 bilhões.

Em uma tacada surpreendente, a empresa superou a espanhola Telefônica e acertou a compra das ações dos controladores da companhia e de terceiros, que correspondem a 37,9% do capital, por R$ 56,00 por ação. A Vivendi fechou ainda um contrato de opções que lhe dá o direito de adquirir outros 19,6% dos papéis da operadora a R$ 55,00 cada.

A Vivendi informa ainda que prepara uma oferta pelas demais ações dos minoritários da GVT, por R$ 56,00 por papel, de acordo com a legislação brasileira.

Os franceses disputavam com a Telefônica a compra da GVT - operadora de que atua principalmente nos Estados do Sul e Centro Oeste. Após a Vivendi oferecer o equivalente a R$ 42,00 por ação da empresa em setembro, os espanhóis entraram na briga oferecendo primeiro R$ 48,00 e depois elevando a própria proposta para R$ 50,50, o equivalente a R$ 6,95 bilhões, em um leilão previsto para acontecer no próximo dia 19 na Bovespa.

No pregão da sexta, as ações da GVT chegaram a cair para R$ 50,71 pela manhã, buscando o preço oferecido pela Telefônica após a anuência prévia ao negócio pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Durante a tarde, porém, os papéis apresentaram recuperação e fecharam em alta de 0,64%, com quase R$ 80 milhões negociados. Citigroup e Merrill Lynch lideraram as compras do papel no pregão de hoje, enquanto HSBC foi o principal destaque na ponta vendedora.