No sábado, Guga começou mal e permitiu que o argentino fechasse o primeiro set por 6 a 3. No segundo, a torcida fez sua parte e incentivou o catarinense — que também teve uma ‘ajudinha’ da chuva, que já caía e irritava Calleri. O argentino reclamou bastante da água na quadra e pediu várias vezes que o jogo fosse interrompido.

No início do terceiro set, após Kuerten confirmar seu primeiro saque (1 a 0), a chuva aumentou e a organização do torneio decidiu adiar a partida para o domingo. A pausa não diminuiu a animação do brasileiro, que nesta tarde quebrou o primeiro serviço do argentino e abriu 3 games a 0.

Calleri tentou a reação, quebrou um serviço de Guga e diminuiu para 3 a 2. Mas a tarde era do brasileiro, que devolveu a quebra e fechou o set em 6/3. “Este torneio equivale todos os grandes que já ganhei”, comemorou ainda na quadra da Costa do Sauípe.

Torcida- Guga agradeceu à torcida que lotou a arena da Costa do Sauípe e ressaltou que muito desse título se deveu ao apoio que recebeu das arquibancadas. “Se fosse em qualquer outro lugar eu acho que não ganharia. Essa vibração eu vou sempre lembrar. Essa garra simboliza o que é o nosso povo. Estou emocionado e muito feliz”.

A torcida brasileira foi tão intensa durante a final que irritou o argentino Augustín Calleri — ele nem queria receber o troféu pela segunda colocação e ficou de cara amarrada durante a cerimônia de premiação.

Calleri aproveitou o tradicional discurso de premiação para reclamar. O argentino lembrou que Guga sempre é muito respeitado na Argentina, e ele não foi no Brasil. O brasileiro tentou colocar ‘panos quentes’ na polêmica e pediu uma salva de palmas para o rival.

Fim do tabu- Esta foi a primeira conquista de Guga no saibro, seu piso preferido, desde o título de julho de 2001 em Stuttgart (Alemanha). Desde então, o brasileiro venceu quatro vezes em quadra rápida.

O primeiro título do catarinense na Costa do Sauípe foi conquistado em 2002, mas o torneio ainda era disputado em quadra rápida.