Política Titulo Diadema
Pastor ganha ação contra vereador, mas desiste

Cícero Monteiro cobrava R$ 30 mil em dívida de Companheiro Sérgio, mas aceitou receber R$ 2,8 mil

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
24/01/2020 | 18:45
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Cícero Monteiro Cavalcante, conhecido como Pastor Cícero, teve aval da Justiça de Diadema para receber do vereador Companheiro Sérgio (Cidadania), dívida estimada em quase R$ 30 mil, mas desistiu da ação e concordou em levar R$ 2.800, o que representa menos de 10% da quantia inicialmente cobrada.

O débito diz respeito à disputa judicial que se iniciou em 2016. Naquele ano, pastor Cícero entrou na Justiça para obrigar Companheiro Sérgio, que ainda não exercia mandato, a fornecer cópias das chaves da sede de associação do qual eram dirigentes - o pastor era vice do hoje parlamentar.

Na ocasião, a juíza Marisa da Costa Alves Ferreira, da 4ª Vara Cível da cidade, condenou Companheiro Sérgio a permitir o acesso do pastor às dependências da entidade, sob o risco de pena diária no valor de R$ 100 em caso de descumprimento. O hoje vereador, porém, não cumpriu a decisão e o caso se arrastou. No fim do ano passado, quando Companheiro Sérgio já exercia mandato no Legislativo, Cícero voltou a acionar a Justiça para executar os valores da multa. Em outubro, o juiz Rafael Bragagnolo Takejima, determinou que a Câmara diademense descontasse parte do salário de Companheiro Sérgio como forma de garantir a quitação do débito.

O caso foi revelado pelo site ABCD Jornal na manhã desta sexta-feira. Curiosamente, à tarde, Cícero protocolou nos tribunais onde a ação tramita pedido para extinção do processo alegando que havia entrado em acordo com o parlamentar. Ainda ontem, o mesmo magistrado que concedeu a execução da dívida deferiu o arquivamento da ação e comunicou a Câmara para que cesse os descontos no subsídio do parlamentar - receber R$ 10,1 mil por mês.

Ao Diário, Companheiro Sérgio minimizou o caso e afirmou que não chegou a ter parte da remuneração suprimida. “Foi feito um acordo e ele (Cícero) retirou a ação. Vou pagar apenas parte dos honorários advocatícios. Ele entendeu que o processo teve motivação banal. Ele era meu vice na associação e queria as chaves do lugar para realizar atividades particulares, o que não é permitido. Eu apenas cumpri o estatuto (da entidade)”, justificou o vereador.

Cícero não foi localizado para comentar o assunto. 




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