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Workshop discute ações simples que fazem a diferença ambiental

Palestras voltadas a professores da rede básica do Grande ABC integram 12ª edição do Desafio de Redação do Diário

Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
21/10/2018 | 07:00
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Com foco na educação em sala de aula, workshop realizado ontem na USCS (Universidade Municipal de São Caetano) discutiu, por meio de três palestras, o tema da 12ª edição do Desafio de Redação promovido pelo Diário: Uma Atitude Sustentável Pode Mudar o Mundo. De forma gratuita, especialistas da instituição de Ensino Superior, corealizadora do evento, interagiram com professores da rede básica da região.

Entre os palestrantes, a bióloga especialista em recursos hídricos da USCS Marta Ângela Marcondes fez questão de enfatizar que são as simples ações do dia a dia que fazem a diferença. “É preciso levar essa conscientização para dentro das salas de aulas, onde quem está sentado está ‘de peito aberto’ a aprender coisas novas. Devemos agir localmente e pensar de forma global”, considera a docente, também coordenadora do Projeto IPH (Índice de Poluentes Hídricos).

“Chegamos em um momento em que precisamos começar a pensar e a ter ações diferentes de anos atrás. A questão da sustentabilidade é algo que surgiu no mundo na década de 1970, no entanto, esse debate aterrizou no Brasil apenas dez anos mais tarde (1980). Mesmo com essa conscientização mais tardia, temos tempo e muitas possibilidades de promover mudanças. As crianças e os jovens, principalmente, são este canal de mudança, já que podem ser mais facilmente moldados”, considera Marta.

Carlos Alexandre Felício Brito, professor da Escola da Saúde (Medicina) e da pós-graduação, levou aos participantes a discussão sobre as modificações da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). “Tudo muda constantemente. Precisamos conversar sobre o impacto da tecnologia na nossa comunicação. Além de, é claro, falarmos dos problemas da linguagem, tanto a escrita quanto a oral, falada por todos e, consequentemente, pelos jovens. Como traduzir nossas ideias faladas para o papel, no momento de construirmos uma redação, por exemplo, já que a escrita exige certa formalidade?”, indagou o docente.

Apesar de não ser professora, a estudante de Relações Internacionais Camila Araujo Souza, 20 anos, fez questão de participar do evento, quando ficou sabendo pelo Facebook do Diário. “É maravilhosa essa iniciativa. Estou fazendo meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) justamente com base neste tema. Nunca participei ou fiquei sabendo de workshop como este, por isso, não pude perder essa oportunidade.” Apesar de ser direcionado a quem leciona, o evento era aberto ao público em geral.

O terceiro palestrante, professor de Filosofia e Ética da USCS, Ives Alejandro Munhoz, trouxe para o debate as atitudes pró-sociais dos jovens. “Espero e trabalho para que no futuro as pessoas – crianças, jovens e adultos – possam vivenciar a percepção do que é ser e ter ética, não como disciplina ou algo a ser aprendido dentro de casa. Falo no sentido que permeia os comportamentos dos indivíduos enquanto sociedade. Ser ético é uma virtude que se aprende, deve ser ensinada, já que não nasce com as crianças.”

Para o estudioso, só assim será possível ter uma sociedade mais justa e igualitária. “Em estudos de neurociência, percebemos que a moralidade tem bagagem é algo biológico e que tem como pilar a empatia.” Para ele, a sustentabilidade é reflexo dessa discussão, uma vez que passamos a pensar no bem de todos e não apenas no nosso. “Ações conscientes se refletem no planeta.”

A professora Jose Cristina Luz, 38, apesar de lecionar, foi ao evento com o objetivo de recolher informações para aplicar dentro de casa. “Vim, em primeiro lugar, como mãe. Estamos com um projeto em casa de reciclar tudo. E preciso ajudar meus filhos nesta conscientização e, por isso, busco informação sobre o tema.” 




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