O PA (Pronto Atendimento) Bangu, em Santo André, fecha a partir de hoje para reforma e ampliação do espaço, que passará a ser uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas. Os atendimentos serão realizados nos demais equipamentos de urgência e emergência da cidade – quatro UPAs, outros dois PAs e no CHM (Centro Hospitalar Municipal) durante cerca de 30 dias.

Em visita ao local na tarde de ontem, a equipe do Diário encontrou espaço com estrutura precária: paredes trincadas e com a pintura desgastada. Além disso, há pontos de infiltração no teto do prédio.

A dona de casa Elaine da Silva, 40 anos, reconheceu a necessidade da reforma no espaço, mas reclamou da interrupção do atendimento. “Aqui o serviço já não é dos melhores, mas nas UPAs é bem pior, porque é lotado.”

O líder operacional Marcos Donisete, 42, também reforça a dificuldade que os moradores vão enfrentar sem o equipamento durante a intervenção. “A reforma é necessária porque as condições aqui estão muito ruins. O problema é que os outros hospitais são sempre muito cheios. Uma vez cheguei na UPA Central às 11h30 e só fui embora às 19h30. Vai ser difícil”, ressalta.

Apesar da preocupação dos moradores, por meio de nota, a Prefeitura de Santo André informou que as UPAs do município “estão preparadas para atender a demanda que será deslocada e que os funcionários do PA Bangu também serão distribuídos entre as unidades de urgência e emergência da cidade”.

A decisão de interromper o atendimento ao público foi tomada em virtude dos riscos oferecidos aos pacientes e funcionários durante as obras internas. O prazo para conclusão total da intervenção, que tem custo de R$ 2,7 milhões, é entre fevereiro e abril de 2017.

Com a reforma e ampliação do espaço, a futura UPA vai passar a contar com 29 leitos. Atualmente são 24. No equipamento é realizado média de 12 mil atendimentos mensais entre casos de urgência e emergência clínica e pediátrica.