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Oposição garante possuir votos para impeachment

Grupo que apoia queda da presidente afirma haver 349 adesões, sete a mais que o necessário

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/04/2016 | 07:00
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O bloco que quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou ontem ter votos necessários para que seja aprovado, no plenário da Câmara dos Deputados, o pedido de afastamento da petista. Nas contas da ala pró-queda, já há 349 adesões ao impedimento, sete votos a mais do que os 342 necessários para saída da chefe da Nação.

O número foi atualizado depois de PSD e PTB informarem oficialmente que liberaram suas bancadas para votação no domingo. O PSD, que detém o Ministério das Cidades (nas mãos do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab), conta com 36 deputados e a expectativa é a de que 31 sejam favoráveis ao impeachment. O PTB conta com 19 parlamentares e 15 tendem a aprovar a saída de Dilma do poder.

A decisão de PSD e PTB aumenta o número de partidos que abandonaram o governo nesta semana, depois da aprovação do relatório pró-impeachment do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na comissão especial. Anteriormente, PP e PRB desembarcaram da Pasta – ontem, inclusive, Gilberto Occhi (PP) entregou o comando do Ministério da Integração Nacional.

“Hoje, seguramente, temos sete votos a mais do que o necessário regimentalmente para aprovar o impeachment. Acreditamos que até domingo teremos 370 deputados a favor do impeachment. Passará com boa margem pela Câmara”, pontuou o deputado federal Alex Manente (PPS), de São Bernardo, que participou da comissão especial.

A expectativa da oposição é a de que até o dia 4 de maio Dilma seja afastada. Essa é a data estimada para que o Senado decida se dará andamento ao processo de impeachment caso a Câmara dos Deputados aprove a queda da petista no domingo. “O governo já reconheceu. É situação irreversível”, disse Alex.

RETORNO AO CONGRESSO
Ministros têm deixado seus postos para poder votar na sessão de domingo. Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Mauro Lopes (Aviação Civil), todos do PMDB e que se recusaram a deixar as vagas quando o partido anunciou rompimento com o governo Dilma, revelaram que vão resgatar o mandato para registrar o voto – eles devem assinalar contra o impeachment de Dilma.

Ontem, o primeiro-secretário da mesa diretora da Câmara, Beto Mansur (PP-SP), confirmou oficialmente que a votação no domingo seguirá ordem por Estados, sendo a bancada do Sul a primeira a analisar o pedido de afastamento de Dilma Rousseff. O bloco do Norte será o último.

O governo petista promete recorrer da decisão da Casa. O objetivo do Planalto é repetir o modelo da votação do impeachment de Fernando Collor em 1992, quando ordem alfabética foi seguida. (com Agências)




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