Ex-vereador e pré-candidato à Câmara de Santo André pelo PSDB, Marcelo Chehade fez duras críticas ao discurso adotado por José Antônio Acemel, o Espanhol, ao anunciar sua desfiliação do tucanato na segunda-feira para apoiar projeto eleitoral do ex-prefeito Aidan Ravin. Espanhol disse que sua saída do PSDB tinha relação direta com a pré-candidatura do ex-secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos Paulinho Serra (PSDB), alfinetando a proximidade de Paulinho com o PT – tucano foi secretário na gestão do prefeito Carlos Grana (PT).

“O Espanhol nunca teve participação ativa aqui no diretório. Sua pretensão era conduzir o partido para apoiar projeto do Aidan, enquanto nós trabalhamos por projeto próprio”, pontuou.
<EM>Em maio, Chehade e Espanhol rivalizaram posto de presidente do tucanato andreense, que acabou com esmagadora vitória do ex-vereador, por 50 votos a um.

“Ele buscava a presidência do diretório para deixar o partido como coadjuvante, contra a vontade dos filiados. Nós, tínhamos o plano de trazer o Paulinho de volta e disputar o Paço e foi isso que conseguimos”, acrescentou o tucano.

Espanhol, que ainda não definiu futuro político, foi um dos fundadores do PSDB em Mauá tendo sido alçado a cargo no Executivo de Santo André, durante o governo Aidan (2009 a 2012).
<EM>“Sua saída é um alívio para nós. Seu elo com o Aidan ainda reflete o escândalo de corrupção ocorrido no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

O Ministério Público abriu inquérito civil para apurar esquema de cobrança de valores indevidos na liberação de licenças ambientais na autarquia. A extorsão foi denunciada com exclusividade pelo Diário em março de 2012.