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Expectativa de vida chega aos 77,5 anos

Idade é referente a moradores do Estado de S.Paulo; redução de mortes violentas ajudou

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/12/2015 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


A redução no número de mortes violentas, principalmente entre os jovens, acarretou no aumento da expectativa de vida no Estado de São Paulo. A avaliação é do gerente do Projeto Componentes da Dinâmica Demográfica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Fernando Albuquerque, sobre os dados da Tábua Completa de Mortalidade do Brasil, divulgada ontem.

Em 2014, a expectativa de vida ao nascer, para ambos os sexos, era de 77,5 anos no Estado, pouco a mais que a média brasileira, de 75,2 anos. Santa Catarina tem o maior índice: 78,4 anos. O levantamento é usado pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

“São Paulo vem se aproximando dos níveis mais baixos de mortalidade, pois vem diminuindo muito os óbitos por causas violentas. No sistema de informação de mortalidade, no grupo de 20 a 24 anos, as mortes por agressões e acidentes de trânsito representam 67% do total de óbitos violentos. E as campanhas feitas nos últimos anos, como a Lei Seca e as mudanças no policiamento, estão trazendo resultados”, fala Albuquerque. “A medida que diminui essa mortalidade que atinge os jovens, automaticamente há aumento na expectativa de vida”, acrescenta.

A esperança de vida ao nascer para os homens paulistas passou de 73,9 anos em 2013 para 74,2 anos em 2014. Já as mulheres vivem mais e a expectativa tem sido praticamente mantida: de 80,4 anos para 80,6 anos.

Dona Veneranda Rodrigues Peres de Oliveira, 84 anos, moradora de Santo André, já ultrapassou a expectativa e, pela disposição que tem, vai longe. “Na segunda-feira, faço aula de dança. Na terça é dia de ginástica oriental, canto e yoga. Na quarta tenho ginástica. Na quinta-feira faço teatro e na sexta, ginástica e yoga de novo”, lista ela, que faz diversas atividades desde os 40 anos. A hereditariedade também ajuda na longevidade. “Minha bisavó morreu com 112 anos”, conta.

No Brasil, para a população masculina, a expectativa de vida passou de 71,3 anos, em 2013, para 71,6 anos no ano seguinte. Já para as mulheres foi de 78,6 anos para 78,8 anos. Em 1940, as médias eram de 42,9 anos e 48,3, respectivamente.

MORTALIDADE INFANTIL

Quando analisada a taxa de mortalidade infantil, o Estado registrou, no ano passado, 10,5 óbitos por 1.000 nascidos vivos. No Brasil, o número ficou em 14,4, o que representa queda de 90,2% na comparação com a taxa registrada em 1940, de 146,6 para cada 1.000 nascimentos.

Na região, das cidades que responderam ao Diário, Diadema e Mauá apresentam taxa maior que a estadual. A projeção da Secretaria de Saúde do primeiro município é de 11,5 óbitos por 1.000 nascidos vivos em 2014. Já no segundo, dados preliminares de 2015 apontam 11,22 até o dia 11 de novembro. Ambas afirmam que estão reforçando ações para reduzir os índices.

Em Santo André, a taxa é de 10,27 mortes para cada 1.000 nascimentos e São Caetano apresenta o menor índice: 6,56 para cada 1.000 nascimentos.  




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