O MP (Ministério Público) de São Bernardo vai notificar, pela segunda vez, o prefeito Luiz Marinho (PT), para que apresente informações sobre funcionários comissionados da administração que possuem parentesco com servidores nomeados no primeiro escalão do governo.

O prazo de 60 dias para que o chefe do Executivo entregasse a relação de nomes expirou dia 21 e nenhum documento foi anexado ao processo de apuração da promotoria.

Por meio da assessoria de imprensa do MP estadual, a promotora Silvia Marques Gonçalves Pestana confirmou que os dados não chegaram até a data estipulada, e que abrirá mais 30 dias de prazo para Marinho se manifestar.

A Prefeitura distribuiu aos funcionários questionário para saber quais e quantos são os contratados que ferem a Súmula 13 do STF (Superior Tribunal Federal), que proíbe práticas de nepotismo no Poder Público.

A Prefeitura foi procurada para esclarecer os motivos do atraso no envio dos dados, mas não respondeu às indagações da reportagem. Também não informou se o levantamento no funcionalismo foi concluído.
Até o momento, apenas dois servidores foram exonerados, As nomeações eram irregulares, pois tratavam-se de parentes do ex-prefeito Maurício Soares (PT), hoje assessor de gabinete.

Outros comissionados da Prefeitura são familiares do ex-chefe do Executivo, que se aliou a Marinho no ano passado, pouco antes do início do processo eleitoral. Especula-se que parentes de secretários e de vereadores ainda trabalhem na administração.

A manutenção dessas pessoas nos cargos pode ser considerada ato de improbidade administrativa, o que pode acarretar em perda de mandato do prefeito.