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Prefeitos têm semana de explicações

Oswaldo, Reali, Marinho e Aidan tiveram de responder sobre atrasos de salários e nomeações no 1º escalão

Por Do Diário do Grande ABC
11/01/2009 | 07:03
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Ações de impacto ficaram longe dos prefeitos na primeira semana do mandato. Seja por atraso no pagamento dos servidores, nomeações polêmicas no primeiro escalão ou até por anúncios de reajustes de tarifas, o fato é que a maioria dos novos comandantes dos Paços enfrentou um bom período dos primeiros sete dias de governo dando explicações sobre equívocos da administração.

O desgaste maior coube a Oswaldo Dias (PT), de Mauá. Dois dias após a posse, ele levantou o recesso para votar uma reforma administrativa que criou 485 cargos comissionados. O custo anual das funcões, que irão acomodar aliados políticos do petista, será de R$ 15,7 milhões.

Mas Oswaldo não manteve a mesma agilidade para quitar os salários atrasados de dezembro dos 6.000 servidores públicos. Na terça-feira, após ameaça da Uniserv (União dos Servidores Públicos de Mauá) de levar o caso à Justiça, o petista prometeu que pagaria, até sexta-feira, os vencimentos, férias e abono dos professores. Não cumpriu a palavra e deixou os educadores sem o bônus.

A falta de prioridade ao funcionalismo público também marcou a primeira semana de Mário Reali (PT), de Diadema. Sob alegação de ter sofrido sequestro de receitas, o petista ainda não pagou um terço de férias de cerca de 2.300 funcionários. Também não definiu o período para quitação.

Reali também admitiu, na primeira reunião realizada com o secretariado, que os três primeiros meses serão de continuidade das obras deixadas pelo antecessor José de Filippi Júnior (PT). Sua marca, mesmo, só começa a ser impressa a partir deste período.

CAMPANHA - Cumprindo agenda corrida, como quem ainda vive clima de campanha, o chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), se preocupou apenas em vistoriar as obras deixadas pela gestão William Dib (PSB) e articular para fechar o quadro do primeiro escalão.

Único a iniciar o mandato sem o secretariado completo, Marinho enfrentou desgaste para definir o titular da Secretaria de Esportes e teve de manobrar para agradar o grupo. Empossou o ex-coordenador nacional do Setorial de Esporte e Lazer do PT José Luiz Ferrarezi como titular da Pasta, mas para honrar acordo político nomeou Toninho Tavares, irmão do ex-vereador José Walter Tavares (PCdoB), como secretário-adjunto.

DUPLO EMPREGO - O prefeito também teve de explicar o fato de ter empossado um funcionário concursado da Fundação Casa, antiga Febem, como subprefeito do Riacho Grande. Em férias, Fausto Landi - irmão do vereador Fábio Landi (DEM) - tomou posse sem pedir licença do cargo de advogado da corregedoria. Após admitir que não conhecia o currículo profissional de Fausto, Marinho afirmou que sabia da função e encaminhou ao governo do Estado o pedido de licença do aliado. Na sexta-feira, o petista admitiu o erro da nomeação antecipada, mas afirmou que manterá o irmão do parlamentar na função.

Em meio a problemas, como a nomeação "por engano" de Vicente Roberto Pavin para o cargo de assistente de coordenação de obras do Semasa - Vicente é irmão de Angelo Pavin, superintendente da autarquia -, uma das principais decisões da administração de Aidan Ravin (PTB), de Santo André, foi a de contratar uma empresa para fazer auditoria em convênios firmados pelo PT nos últimos anos. Ainda não foi definido como essa empresa será contratada nem quando começa a atuar.

Sem grandes ações, Clóvis Volpi (PV), de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), de Rio Grande da Serra e José Auricchio Júnior (PTB), de São Caetano, tiveram uma semana discreta.




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