Listado para ser candidato a deputado federal pelo PEN, ex-deputado estadual Ramiro Meves preferiu continuar à frente da Subprefeitura do Rudge Ramos. Com a decisão, a legenda reformulou as candidaturas em São Bernardo, colocando o também ex-parlamentar estadual Giba Marson como postulante à Câmara Federal e trabalhando nomes de outras cidades na disputa pela Assembleia Legislativa.

Ramiro optou pelo cargo a ingressar em briga eleitoral sem mesma força do passado. A avaliação do político foi que não havia vantagem em deixar a vaga no primeiro escalão do governo Luiz Marinho (PT) para ingressar na corrida eleitoral e oferecer possibilidade de abrir espaço para outras siglas aliadas do prefeito.

Subprefeito do Rudge no primeiro mandato de Marinho, Ramiro teve de duelar com o ex-vereador Ary de Oliveira (PSB) para se manter no secretariado do chefe do Executivo. A pressão era para que Marinho contemplasse partido com vereador eleito (no caso do PSB, Antônio Cabrera) para reforçar governabilidade na Casa. Mas o petista optou pela manutenção de Ramiro.

“O Ramiro está envolvido em obras de grande vulto no Rudge Ramos. Sua saída poderia complicar o andamento dessas obras”, confirmou Edson Chocolate, coordenador regional do PEN. Ramiro não retornou aos contatos do Diário. Como subprefeito, recebe R$ 10.886,65 mensais.

Para preencher o espaço, o PEN remanejou o projeto político em torno de Giba Marson. Ontem, a Prefeitura de São Bernardo publicou exoneração do ex-deputado, que exercia função de assessor de gabinete, com remuneração mensal de R$ 8.079,17. Diferentemente de Ramiro, que não conseguiu garantias do governo para indicar aliado direto caso saísse para concorrer na eleição, Giba emplacou sua mulher, Marizete Marson, para a vaga. Marizete foi candidata a vereadora em 2008, pelo PV, e conquistou 1.662 votos.

“Creio que todas as mudanças que fizemos não vão estremecer a relação com o prefeito Marinho. Ele é homem democrático. Estamos bem com o governo, mesmo o PEN apoiando as candidaturas do (Geraldo) Alckmin (PSDB, à reeleição no governo do Estado) e de Aécio (Neves, PSDB, à Presidência da República)”, analisou Chocolate.