O presidente estadual do PT, Edinho Silva (PT), descartou o nome do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, como candidato petista ao governo do Estado, embora integrantes da alta cúpula da sigla ainda defendam o nome do ex-sindicalista no pleito estadual.

O chefe do Executivo são -bernardense reconhece a pressão, mas argumenta que não vai ceder aos apelos.

“O Marinho tem uma tarefa importantíssima para nós (<CF51>do PT</CF>). Hoje São Bernardo está virando um laboratório de políticas públicas. No meu entender, ele faz um governo histórico, com experiências administrativas que estão se irradiando por outras prefeituras do PT”, considerou Edinho Silva.

Segundo o mandatário petista, o postulante ao Palácio dos Bandeirantes será definido nos próximos dias. Dois nomes estão cotados: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o titular da Pasta da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também era citado para a disputa, mas retirou o nome em razão dos compromissos no governo federal. A mesma justificativa foi adotada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para desistir de disputar novamente o comando do Estado mais rico do País.

Desde que deixou o Ministério da Previdência Social, em junho de 2008, para recolocar o PT no comando do Paço são-bernardense, Marinho tem o nome trabalhado para se tornar uma das principais figuras do petismo, atuando na linha de frente nas principais articulações políticas do partido.

A proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, e agora com a presidente, Dilma Rousseff, reforçava a tese de candidatura de Marinho em 2014.

Edinho Silva destaca que o chefe do Executivo não foi reeleito para deixar o Paço de São Bernardo. “Ele assumiu esse compromisso em praça pública. Ele sabe que tem uma imensa tarefa, que é consolidar o seu governo. Pela idade (<CF51>54 anos</CF>), tem uma avenida imensa pela frente. A última coisa que o Marinho precisa ter é pressa”, sentenciou Edinho.

Mas, apesar do desgaste gerado pelos 20 anos de domínio do PSDB no Estado, os petistas sabem que não será fácil barrar a reeleição de Geraldo Alckmin, que tem peregrinado por municípios em em busca de apoiadores.