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Salários de executivos sobem 7%
Guilherme Yoshida
Do Diário do Grande ABC
14/10/2006 | 23:52
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Quanto maior o nível do cargo ocupado em uma empresa, melhor a remuneração, isso todo mundo sabe. Se já não bastasse isso, os salários dos executivos no Brasil subiram mais do que dos demais profissionais entre maio de 2005 e abril de 2006.

Segundo pesquisa de remuneração da Watson Wyatt – empresa especializada de consultoria em recursos humanos –, enquanto os presidentes e diretores tiveram um reajuste médio de 7%, os não-executivos receberam 5,5% de aumento no período analisado.

“Há alguns anos os executivos têm recebido salários corrigidos acima da inflação. Mesmo assim, esses índices expressam um pequeno ganho, já que a alta foi de 4,2%”, explica o gerente de capital humano da empresa, Christian Mattos.

Ele lembra que nos 12 meses anteriores à pesquisa, os reajustes salariais coletivos concedidos pelas empresas foram superiores aos índices de inflação, apontando aproximadamente 1,5% de ganho real. “O mercado de remuneração no Brasil está estável, com baixos níveis de inflação e estabilidade econômica”, analisa Mattos.

Os executivos de marketing lideram o ranking dos reajustes salariais no último ano. Profissionais desta área receberam, em média, 10,3% de aumento, seguidos pelos profissionais do setor jurídico, com 8,4% e da área industrial, que registraram 7,4% de alta nos salários.

Já para os não-executivos, os destaques são para o setor de pesquisas e desenvolvimento, com 6,4% e logística/suprimentos e marketing, que conseguiram um aumento de 4,9%.

“Porém, não é apenas o segmento ou área de atuação que define a remuneração de um profissional. Fatores como o porte da empresa e o seu padrão (multinacional ou brasileira) também influenciam nos reajustes salariais. A região também faz diferença. Quanto menor o nível do cargo executado, mais associado à remuneração local ele está”, explica o gerente.

Mattos acrescenta ainda que atualmente, profissionais de organizações nacionais têm remuneração maior quando comparados aos mesmos cargos ocupados em empresas estrangeiras instaladas no país.

“Setores metalúrgicos e químicos são os que melhores pagam os profissionais não-executivos”, conta.

Mulheres – Apesar de as mulheres estarem cada vez mais presentes no mercado de trabalho, elas representam apenas 16% dos cargos executivos. Esse índice é ainda menor quando se avalia os níveis hierárquicos superiores – somente 2% ocupam a presidência.

A pesquisa mostra que as mulheres também levam desvantagem na comparação do salário básico por área. Elas recebem, em média, 5% a menos que os homens. Na área jurídica, por exemplo, a mulher chega a receber 9% a menos que a ala masculina. Porém, por outro lado, na área de vendas, elas têm uma remuneração 2% maior.



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