Política Titulo Suspeita de fraudes
Rautenberg vira réu em ação por funcionários fantasmas
Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/10/2019 | 06:04
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Denis Maciel/DGABC


O juiz Genilson Rodrigues Carreiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública, acatou denúncia e tornou réu o vereador afastado Roberto Rautenberg (PRB), de Santo André, em ação civil pública de improbidade administrativa, apresentada pelo MP (Ministério Público), que trata de supostas irregularidades cometidas no gabinete do republicano durante o primeiro mandato na Câmara. A investigação contra o parlamentar – mais votado do Grande ABC na eleição municipal de 2016, com 7.863 votos – aponta uso de funcionários fantasmas.

De acordo com as informações da acusação anônima formalizada junto à Promotoria, alguns servidores nomeados na ocasião por Rautenberg a cargos comissionados não compareciam para dar expediente na casa. Pelo contrário. Exerciam outras atividades sem relação com o mandato parlamentar. No último despacho, assinado no dia 13, o juízo determina a notificação de todos os envolvidos no processo a manifestarem defesa no episódio. Entre os demandados está Gustavo Palmieri (PSB), ex-assessor do republicano e atualmente vereador de São Vicente, bem como Juliana Figueiredo, Arthur Martins e Célia Benedetti.

Palmieri era chefe de gabinete. Teria sido nomeado para fazer a campanha de deputado federal de Rautenberg, em 2014. Juliana, segundo a denúncia, trabalhava em academia ligada ao vereador. Já Arthur seria proprietário de gráfica que prestou serviços para a empreitada do republicano. A denúncia cita que ele foi contratado para receber pelos serviços de impressão, sem dar expediente na casa.

Empresário do ramo de academias e eleito encampando a bandeira da causa animal, Rautenberg tira licenças sucessivas desde agosto de 2017 sob alegação de motivos particulares – sem remuneração. Em seu lugar, atua o suplente Jorge Kina (PSB). Ele admite abandonar a vida pública para se dedicar aos negócios profissionais – cogita lançar o irmão no pleito do ano que vem. No período, retornou em apenas uma oportunidade, na votação da mesa diretora. Na sequência, solicitou nova saída temporária do cargo. O último pedido de afastamento, o nono, tem vigência até dezembro.

Rautenberg não foi localizado para comentar o caso. Anteriormente, justificou que as acusações são falsas de uma pessoa que está querendo denegrir sua imagem. 




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