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Pequenas preferem o Interior

A maior parte dos empregos gerados pelas MPIs (Micro e Pequenas Indústrias) do Estado de São Paulo se concentra no interior

Wilson Marini
14/10/2010 | 00:00
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A maior parte dos empregos gerados pelas MPIs (Micro e Pequenas Indústrias) do Estado de São Paulo se concentra no interior paulista. Segundo levantamento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), as pequenas indústrias do Interior dão conta de cerca de 565 mil empregos, ou 54% do total de 1 milhão. Na Capital, estão 28% ou 295 mil trabalhadores das MPIs e, nos municípios da Grande São Paulo, 18%, ou 193 mil.

Atualmente, as pequenas respondem por cerca de 42% do total de 2,5 milhões de empregos gerados pelo conjunto de indústrias do Estado. Os estudos estimam que, em 2011, os pequenos negócios vão responder por 1,3 milhão de empregos formais. Em 2009, São Paulo possuía 84,5 mil micro e pequenas indústrias, que correspondem a 88,5% dos empreendimentos industriais do Estado.

Hoje, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, de volta ao batente depois que disputou o governo do Estado, recebe cerca de 1.000 empresários do segmento no 5º Congresso da Micro e Pequena Indústria, em São Paulo. O encontro vai debater a forte competição dos produtos importados, beneficiados pela sobrevalorização da taxa de câmbio, e a carga tributária excessiva. O diretor do Dempi (Departamento das Micro e Pequenas Indústrias) da Fiesp, Milton Bogus, afirma que a maior causa de perda de competitividade está relacionada com a carga tributária excessiva, que encarece o produto nacional e não é equiparada aos produtos importados. "Vamos discutir propostas para o próximo governo", afirma.

Diplomação
O governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) e o vice, Guilherme Afif Domingos (DEM), serão diplomados no dia 17 de dezembro, no Palácio 9 de Julho, sede da Assembleia Legislativa do Estado, na Capital. Na mesma sessão serão diplomados os dois senadores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Marta Suplicy (PT), os 70 deputados federais e os 94 deputados estaduais eleitos no dia 3. A cerimônia de diplomação é o ato pelo qual o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) faz a passagem formal, ou seja, reconhece por meio de títulos os candidatos eleitos. A partir daí, começa a correr o prazo constitucional de 15 dias, após o qual os mandatos não poderão mais ser impugnados na Justiça Eleitoral.

Ficha Limpa
Até lá, a Justiça Eleitoral terá que decidir o destino de três deputados estaduais e de dois candidatos que, em face da Lei da Ficha Limpa, têm suas candidaturas sub judice. A Lei da Ficha Limpa alterou a Lei Complementar 64/1990, que estabelece os casos de inelegibilidade. Caberá ao Supremo Tribunal Federal a decisão sobre a validade ou não dos efeitos da lei nestas eleições. "Com o julgamento da matéria, a composição da Assembleia de São Paulo para a Legislatura 2011-2015 poderá ser alterada", afirma o advogado Antônio Sérgio Ribeiro, diretor do Departamento de Documentação e Informação da Assembleia.

Posse
Alckmin toma posse no dia 1º de janeiro. Os senadores e deputados federais assumem no dia 1º de fevereiro e os deputados estaduais, 15 de março. Em São Paulo, no intervalo de dois meses e meio entre a posse do governador e a dos deputados estaduais, os partidos fazem acertos internos para a definição dos líderes de bancada e o governo tucano tentará garantir a maioria com o apoio do PV e de outros partidos de menor representação. Não se deve esperar mudança de perfil político na Assembleia paulista em relação à atual composição, ao menos no primeiro ano. Nos primeiros meses, especialmente, é de bom-senso ‘dar tempo ao governador'. E Alckmin é mais conciliador que José Serra, o ex-governador.

Em tempo
No balanço sobre o perfil dos 94 deputados estaduais eleitos e reeleitos, na coluna passada, faltou registrar um dado importante. A bancada feminina perdeu uma representante. São 11 as deputadas atualmente, mas serão dez na próxima legislatura. Na contramão do esforço de participação maior das mulheres na política.




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