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Dia do Médico é celebrado por profissionais da área
Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
18/10/2009 | 07:06
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Hoje é o Dia do Médico. Mesmo com muitos problemas na classe profissional, eles ainda comemoram a data. A APM (Associação Paulista de Medicina) realizará, nesta semana, eventos que visam trazer melhoras à qualidade de vida e também à consciência da importância dos rumos da medicina atual.

Nesta semana, pode entrar em votação na Câmara dos Deputados, em Brasília, a regulamentação das funções da medicina. "O importante da votação da regulamentação é que se defina qual é o papel de cada função (médica)", comenta Jorge Carlos Machado Curi, presidente da APM.

O projeto já foi aprovado no Senado. Um dos exemplos da nova regulamentação é a definição dos papéis dos fisioterapeutas e dos psicólogos nas prescrições de remédios. "Atualmente, no resultado do papanicolau, os bioquímicos emitem diagnósticos, mas os profissionais capacitados são os ginecologistas e os patologistas. Os bioquímicos podem emitir laudos, não dar diagnósticos", comenta Curi.

O oncologista pediátrico Cristiano de Freitas Gomes, 36 anos, exerce a função há nove. Ele já tratou mais de 100 casos de crianças com câncer e, mesmo trabalhando em três locais, é apaixonado pelo que faz. Atualmente, Gomes é coordenador do serviço pediátrico do Hospital Infantil Márcia Braido, em São Caetano, e faz plantões em duas clínicas particulares em São Paulo.

Um dos casos mais marcantes na carreira de Gomes foi quando uma garota de 12 anos, com tumor ósseo no antebraço, estava na mesa de cirurgia para amputar o membro. "Ela chegou na hora e disse: ‘Vocês podem fazer tudo, menos tirar o meu bracinho, porque eu vou tocar o meu violão.' Na hora, todo mundo chorou, e o cirurgião conseguiu retirar apenas o tumor", conta Gomes.

Ele também lembra uma das passagens mais engraçadas. "Eu chamei o paciente Valdisnei, e ninguém apareceu. Depois de uma hora, o pai do garoto foi até o consultório, nervoso, e falou que o filho dele não tinha sido atendido. Eu perguntei qual o nome do garoto e ele disse Walt Disney", recorda.

Os médicos também falam que houve um aumento de violência. "É preciso humanizar o atendimento do SUS, valorizando os médicos e os pacientes para melhorar este problema", comenta Gomes. Para o presidente da APM, o crescimento dos casos de ataques contra os médicos é uma tendência mundial em países em desenvolvimento.

 




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