O julgamento deve durar três dias e a pena será estabelecida por sete jurados. Se eles forem acusados de homicídio doloso poderão pegar 30 anos de prisão. No entanto, se o júri entender que não houve crime hediondo e decidir por delito de lesão corporal seguida de morte, eles podem pegar 12 anos.
Os quatro rapazes – Max Rogério Alves, Antônio Novely Cardoso de Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida e Eron Chaves de Oliveira - já estão presos há quatro anos e meio. Eles foram detidos logo após o crime. Porém, o quinto acusado, menor de idade, conseguiu “liberdade assistida” depois de 144 dias de internação.
A defesa deve alegar que eles não tinham intenção de provocar a morte do índio e que eles fizeram apenas uma brincadeira.
Na última semana, a promotora Maria José Miranda, que atuou no processo desde o início, abandonou o caso. Sendo assim, o júri será presidido por Sandra de Santis Mello, mulher do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello.
No entanto, Maurício Miranda anunciou que vai entrar com requerimento de suspensão para afastar Sandra. O Ministério Público alega que a juíza já se pronunciou sobre o caso ao desclassificar o crime de homicídio culposo para lesão corporal seguida de morte e, sendo assim, emitiu opinião sobre o mérito do julgamento. A própria juíza analisará o pedido de seu afastamento.
Galdino foi queimado enquanto dormia num banco de uma parada de ônibus em Brasília.
Protestos – Trinta e oito índios pataxós realizam uma manifestação na Praça do Compromisso, entre as quadras 703 e 704 da Asa Sul de Brasília, onde em 1997 o índio Galdino Jesus dos Santos foi queimado vivo. Os índios pedem que o julgamento dos quatro jovens seja justo.
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