A Associação de Pais e Alunos do Estado do Rio de Janeiro (Apaerj), que tem 70 mil integrantes, vai entrar com uma representação no Ministério Público na segunda-feira contra os grevistas e contra o governo com o objetivo de forçar os docentes a voltar às salas de aula dos colégios federais do estado. Além disso, a associação quer criar movimento nacional contra greves.

O presidente da Apaerj, João Luiz Faria Neto, afirma que essa é uma forma de tentar conseguir uma saída para a paralisação dos professores das escolas e universidades federais, que já dura mais de dois meses, e para o impasse sobre a anulação do vestibular.

O Conselho de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai se reunir na segunda-feira também para discutir as novas datas para o vestibular. Os grevistas universidade também vão discutir o assunto na terça-feira durante assembléia. As provas que foram aplicadas no final de semana passado foram adiadas pelo reitor José Henrique Vilhena.

Um acordo entre professores e governo quase foi fechado no início da última semana. A categoria exige um aumento e incorporação de gratificações, mas o governo alega que faltam R$ 250 milhões no orçamento de 2002 para que o Ministro da Educação consiga bancar as reivindicações dos grevistas.