Márcio Bernardes Titulo
Ordens superiores

Flávio Rodrigues Guerra fez o certo. Aos quatro minutos do segundo tempo de Corinthians e Portuguesa paralisou a partida...

Por Especial para o Diário
10/02/2009 | 00:00
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Flávio Rodrigues Guerra fez o certo. Aos quatro minutos do segundo tempo de Corinthians e Portuguesa paralisou a partida porque a prudência assim exigia. Afinal, o gramado estava encharcado e os raios ameaçavam jogadores, torcedores e todos aqueles que estavam expostos no estádio.

O erro do árbitro foi não explicar claramente para os capitães das duas equipes que o regulamento exige que se espere 30 minutos para saber se o tempo melhoraria. Pra piorar, não se sabe autorizado por quem, o locutor do serviço de som anunciou que a partida estava encerrada.

Nos vestiários alguns jogadores tomaram banho e se preparavam para ir embora. Outros, mais prudentes, preferiram aguardar.

Enquanto isso o árbitro falou várias vezes por telefone com o coronel Marinho. O chefe da arbitragem preferiu consultar seus patrões. Os patrões ligaram para saber a opinião da Rede Globo, a verdadeira patroa do futebol brasileiro.

O tempo foi passando e cada vez ficava mais claro que a partida seria jogada pelo tempo que faltava nem se tivesse que recomeçar à meia noite. O eterno problema do calendário e da falta de datas exigia que Flávio Guerra rasgasse as regras e obedecesse ao chefe. Pra piorar, a Portuguesa tem jogo marcado para hoje.

O que se viu, em síntese no Pacaembu, foi uma sucessão de atitudes que deixam estupefatos todos aqueles que esperam o respeito à ordem e às pessoas.

VIRA CASACA

Paulo Carneiro revolucionou o modesto Vitória, que nos últimos anos revelou dezenas de grandes jogadores. O Barradão foi reformado e ampliado por ele e a equipe principal subiu para a Primeira Divisão. Com tudo isso o cartola transformou-se em ídolo dos fanáticos torcedores.

Sem ninguém entender as razões, Carneiro transformou-se em dirigente remunerado do Bahia, grande rival do Vitória. O amor virou ódio e a Bahia está dividida.

Fato semelhante aconteceu há alguns anos no Rio de Janeiro com Francisco Horta, ex-badalado presidente do Fluminense. O simpático e falante cartola, que também foi magistrado, assumiu a diretoria de futebol do Flamengo. A polêmica ficou instalada no Rio de Janeiro durante muito tempo.

POSITIVO

Depois de quase um terço jogado no Paulistão destaque apenas para Santo André, São Caetano e Barueri, entre as equipes consideradas pequenas. Bom sinal! Porque as outras, com honrosas exceções, estão se apresentando muito mal na competição. E não adianta apenas culpar a arbitragem, normalmente incompetente com todos os times.




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