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Casoy agita telejornalismo
Por Ana Carolina Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
05/01/2006 | 08:53
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O ano nem bem começou e a especulação já ronda o mundinho do telejornalismo brasileiro. Bastou a Record rescindir o contrato de Boris Casoy, em pleno dia 30 de dezembro, para que comentários sobre uma possível "dança das bancadas" ganhassem força. Segundo a assessoria de comunicação da Record, a emissora ainda não definiu quem passará a comandar a bancada do Jornal da Record a partir do próximo mês. Por enquanto, Heleine Heringer, que antes fazia as vezes de garota do tempo, apresenta o jornalístico. Ainda de acordo com assessores do canal, as notícias desencontradas sobre a possível contratação de Carlos Nascimento, atualmente na Band, não passam de especulação da imprensa. Mas seguindo a maré de comentários, outro nome cogitado para substituir Casoy é o de Celso Freitas, um dos apresentadores do Domingo Espetacular, espécie de Fantástico da casa. Entre as mulheres, comenta-se que o canal esteja sondando Sandra Annemberg e Renata Vasconcelos.

De concreto, por enquanto, é o desejo da Record em investir a partir de agora num telejornal nos moldes do Jornal Nacional, ou seja, apoiado num casal de apresentadores. Daí a decisão do canal de dispensar Casoy, que não aceitou ter de dividir os holofotes com uma outra âncora, já que em seu contrato constava uma cláusula de liberdade editorial. Ou seja, o Jornal da Record era produzido por uma equipe exclusiva e não era vinculado aos diretores de jornalismo da casa. A equipe de Casoy, formada por Selma Lins, editora do jornalístico, Sallete Lemos, comentarista, e Dácio Nitrini, diretor-executivo, também foi cortada.

Tiro no pé – Depois de perder para a Band uma de suas principais estrelas, o apresentador Raul Gil, a Record parte agora para o tudo ou nada no jornalismo. Considerado um dos mais importantes e respeitados nomes da imprensa nacional, Boris Casoy deixa o canal como um dos maiores faturamentos da Record e com uma audiência em franca ascensão. Este ano, além da multa que terá de pagar ao jornalista, a emissora de Edir Macedo enfrentará outra prova de fogo.

Com Copa do Mundo e eleições nos próximos meses, o jornalismo ganha ainda mais importância e a necessidade de se contratar com urgência alguém a altura de Casoy. A escolha de um novo formato e novos âncoras só não pode se configurar no erro que foi a troca de Raul Gil por Márcio Garcia. A audiência do sábado já chegou a cair pela metade. Como diria Casoy, "isso é uma vergonha".




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