Turismo Titulo
Simpatia e humildade cativam na China
Por Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
19/08/2004 | 14:34
Compartilhar notícia


Os templos milenares, a simpatia e a humildade da população, além dos exóticos da cultura chinesa. Estes foram alguns dos aspectos que mais marcaram a lembrança da secretária executiva Elena Paglerani, 47 durante os 51 dias em morou na China, em meados de 2001, acompanhada do marido, o andreense Rogério Paglerani, e suas duas filhas: Elisa e Débora, na época com 13 e 10 respectivamente.

Neste período, a família Hong Kong, Macau, Guangzhou, Yangsho, Guillin, Pequim, Hohhot e Xangai. Navegaram pelo belíssimo rio Lijiang; caminharam sobre a Muralha China; tiveram a oportunidade de visitar alguns mais significativos monumentos do país, como o exército de 8 mil soldados de a Cidade Proibida; conferiram as excentricidades gastronômicas do mercado de insetos de Qingping Schichang; ainda puderam testemunhar alegria dos mais de 2 milhões chineses que lotaram a chamada praça da Paz Celestial quando, no dia 13 de julho daquele ano, foi anunciada na televisão a notícia de que a China havia sido eleita sede dos Jogos Olímpicos de 2008.

Mais do que um simples evento esportivo, a notícia significou a abertura definitiva das fronteiras da terra de Mao Tsé-Tung para as relações com o Ocidente. “Na ocasião, à meia-noite, as ruas principais foram totalmente tomadas de chineses. A maioria carregava bandeiras da China. Outros, o jornal do dia seguinte com a notícia já escancarada na manchete. Logo em seguida, o governo começou a tomar as medidas exigidas pelos países do Comitê Olímpico Internacional, e até passou a dar aulas de inglês na televisão, para que a população consiga falar pelo menos o básico até lá”, conta Elena.

Como atravessou duas vezes de norte a sul, Elena também teve a oportunidade de conferir o rápido desenvolvimento do país. “É possível ver cidades inteiras em reformas e uma grande maioria de prédios novos. Também me chamou a atenção o fato de não ver gente desocupada em um lugar tão populoso. As paisagens são lindas, principalmente na região de Guillin. E também é lindo ver o tráfego de bicicletas: imaginei o quanto a cidade de São Paulo não ganharia de oxigênio se os copiássemos”, recorda Elena, lembrando que, apesar da gigantesca população, a China não apresenta ruas superlotadas, como muitos imaginam: “Em nenhum momento esbarrei em alguém. As ruas são largas e há calçadões por onde os chineses passeiam tranqüilamente. No início do dia, vê-se por todos os lados pessoas fazendo tai chi, que parece ser um hábito, como lavar o rosto e escovar os dentes”.

De acordo com ela, a Muralha da China e a Cidade Proibida já valem a viagem. “Na Cidade Proibida, tudo tem um sentido. É impressionante imaginar que várias gerações de governantes viveram e comandaram o país sem nunca terem saído de lá.” Já a Grande Muralha, construída para barrar os nômades invasores dos tempos de Gengis Khan, a impressionou pela imensidão. “Os degraus são altos, mas a vista compensa qualquer sacrifício. É possível conhecer a Muralha em diversas cidades. Eu fui ao ponto mais próximo de Pequim, muito visitado”.

Além destes dois grandes ícones do turismo chinês, Elena recomenda que não se deixe o país sem antes conhecer também o Museu de Xangai e os soldados de terracota em Xian. “Os soldados foram descobertos por três camponeses que estavam cavando um poço em busca água. Conheci um deles, aliás, fica autografando um livro na saída do galpão onde estão as estátuas. Nem todas elas foram restauradas; muitas estão em pedaços.” Quanto gastronomia, a secretária destaca o pato de Pequim: muito saboroso e há um ritual de acompanhamento sobre como a carne deve ser cortada e servida.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;