"Bin Laden não é o líder do mundo muçulmano e não representa o islã. Nós fazemos muitas objeções a respeito do seu modo de pensar, das suas idéias e dos seus métodos", criticou o xeque, em entrevista publicada esta sexta-feira pela revista semanal libanesa "Al-Moharrer".

"Ele tem suas próprias convicções, mas utiliza meios equivocados, aproveitando-se da opressão no mundo muçulmano e do ressentimento dos Estados Unidos", acrescentou.

O religioso, que apóia o presidente reformista do Irã, Mohamad Khatami, negou que Bin Laden tivesse direito de proclamar a jihad (guerra santa): "Além disso, a jihad no islã não é a guerra, e sim um convite aos outros para se unirem ao islã".

O xeque Fadlallah foi um dos primeiros religiosos muçulmanos a denunciar os atentados contra os Estados Unidos, apesar da sua disputa com aquele país. Pessoa próximas a ele acusaram a CIA (Agência Central de Inteligência americana) de ter organizado o atentado com carro-bomba do qual Fadlallah escapou em 1988 e que matou 80 pessoas em um subúrbio do Sul de Beirute.