Política Titulo Diadema
Coordenador de Filippi não vai procurar siglas à direita, como o DEM de Pretinho

Reali quer eleitores do democrata, mas diz que evitará dialogar o candidato de Lauro

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/11/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


Coordenador da campanha do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) à Prefeitura de Diadema, o também ex-prefeito Mário Reali (PT) disse que não haverá procura a partidos fora do campo de centro-esquerda, em recado claro de que a empreitada petista evitará dialogar com o presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM), candidato governista e quarto colocado no domingo.

“O Pretinho é do DEM e estava com o governo (de Lauro Michels, PV). Não vamos dialogar com esses partidos. Não vamos procurá-los. A gente foi procurar partidos que estão no nosso campo. Mas é claro que o povo que votou no Pretinho a gente quer que vote no Filippi. Queremos o apoio de todos os eleitores que têm compromisso com a cidade”, sustentou.

Reali confirmou que procurou o vereador Ronaldo Lacerda (PDT, quinto colocado no pleito, com 10.684 votos), figuras do PSB (que lançou Marcos Michels ao Paço, e obteve 5.588 votos) e o Psol (da prefeiturável Rafaela Boani, 1.835 votos) – esse último, aliás, anunciou oficialmente adesão à campanha de Filippi. “Também temos falado com os vereadores eleitos porque se formos eleitos, e acredito que seremos, precisaremos ter uma base de sustentação.”

Reali traçou paralelo com a eleição de 2012. À época, ele era prefeito e buscava a reeleição. Enfrentava Lauro Michels, vereador de segundo mandato. A disputa foi ao segundo turno e Lauro surpreendeu o petismo. Para Reali, o povo “entendeu que não dá mais para apostar em uma aventura”, em crítica a Taka Yamauchi (PSD), adversário no segundo turno agora.

“O povo está querendo segurança de que os problemas vão ser resolvidos. Querem alguém com experiência, competência, compromisso. Ninguém quer arriscar nada agora. Entrar em aventura de novo? O povo está muito escaldado”, discorreu. “Há um cara que nem conhece o SUS (Sistema Único de Saúde) direito, foi secretário de Obras em Ribeirão Pires, deixando alguns problemas por lá. Do outro lado, alguém que foi três vezes prefeito, secretário de Saúde em São Paulo, com bagagem e conhecimento do orçamento público. Qual melhor perfil para administrar uma cidade com problemas financeiros e em meio a uma pandemia? O povo pagou nesses oito anos de governo (Lauro Michels) pela conta de apostar no novo sem experiência.” 




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