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Sharon tem dificuldades para armar seu governo
Das Agências
19/02/2001 | 11:19
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O primeiro-ministro israelense eleito há duas semanas, Ariel Sharon, continua encontrando dificuldades para formar seu governo de união nacional, com um partido trabalhista que se mostra cada vez mais desunido enquanto a tensão aumenta na região.

  A reunião do comitê central do partido trabalhista para decidir a integração do governo de união nacional, marcada para esta terça-feira, foi adiada para o próximo domingo.

  Sharon convocou os partidos interessados em integrar o governo de união nacional a superar questões pequenas e enfrentar juntos as dificuldades da questão de segurança.

  Sharon se referia à rebelião no seio do partido trabalhista contra o primeiro-ministro de saída, Ehud Barak, que tinha anunciado na noite de sua ampla derrota eleitoral que sairia da política, aceitando poucos dias depois sua oferta para continuar ocupando o Ministério da Defesa.

  Esta mudança de atitude foi denunciada por alguns trabalhistas, em especial pelo presidente do Parlamento, Avraham Burg, candidato à liderança do partido e por alguns ministros de saída como o das Relações Exteriores, Shlomo Ben Ami, e do Interior, Jaim Ramón.

  Segundo pesquisa de opinião os eleitores de Barak estão divididos sobre a participação em um governo de união nacional: 51% são favoráveis e 48% estão contra.

  Entretanto, 72% de todos os eleitores estão de acordo com a participação dos trabalhistas no governo de união nacional e apenas 25% se opõem.

Sharon enfrenta também outras dificuldades com o poderoso partido ultraortodoxo Shass (17 dos 120 deputados), que exige o prolongamento da dispensa do serviço militar para os estudantes de seminários.

  Sharon também fez referência à persistência dos confrontos armados em territórios palestinos e aos incidentes na fronteira libanesa com a milícia xiita do Hezbollah, nos quais um soldado israelense morreu na sexta-feira.

  Sharon se referiu igualmente às ameaças proferidas pelo presidente iraquiano, Saddam Hussein, contra Israel depois dos ataques aéreos norte-americanos e britânicos realizados próximo a Bagdá.




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