Economia Titulo Chocolate
Ovos de Páscoa ficam 4% mais caros neste ano

Setor prevê expansão de 7%; em 2011, foram 18 mil

Por Gilmara Santos
do Diário do Grande ABC
07/02/2012 | 07:08
Compartilhar notícia


 

Os preços dos ovos de Páscoa vão pesar menos no bolso dos consumidores neste ano. As indústrias vão repassar, em média, 4% de reajuste aos clientes – percentual menor do que a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que ficou em 7,6% no acumulado do ano passado.

Entre as fabricantes com os menores aumentos estão Top Cau (2% a 4%), Nestlé (3% a 4%), Garoto (3%), Village (3% a 4%) e Cacau Show (5%). Já a Kraft Foods Brasil, que detém a marca Lacta, repassará reajuste de até 9%; Pandurata, da Hershey’s, Bauducco e Visconti, aumentarão 7%; Arcor, entre 6% e 9%, e Munik, de 8% a 10%.

VENDAS -A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) estima que as vendas cresçam, em média, 7%. No ano passado, foram comercializadas 18 mil toneladas de produtos na data. No entanto, há fabricantes mais otimistas com o desempenho deste ano. A Cacau Show, por exemplo, prevê expansão de 28,7%. A empresa vai fabricar 2.300 toneladas de produtos para a Páscoa.

A Top Cau, por sua vez, prevê expansão de 7% e a comercialização de 8,5 milhões de ovos. A Garoto vai produzir 20 milhões de itens, que custam a partir de R$ 10. Na Munik, a Páscoa representa 40% das vendas e a expectativa é crescer 12%. Dois milhões de produtos com preços que variam entre R$ 4 e R$ 59 serão comercializados pela Lacta. A Arcor espera vender 6 milhões de ovos.

COLOMBAS- Os dez tipos de colombas pascais da Pandurata ficarão cerca de 7% mais caros. Serão produzidas 6,5 milhões de toneladas, crescimento de 12%. A Hershey's, da mesma empresa, espera aumento de 20% nas vendas.

Os pequenos fabricantes de ovos, confeitarias e padarias vão contar com mais uma marca nacional de chocolates e coberturas. A Sicao, da Barry Callebaut, foi lançada em 2011, mas neste ano espera ganhar mercado após reestruturação comercial.

Fábricas e lojas geram 20 mil empregos temporários

Principal data para a indústria chocolateira, a Páscoa é responsável pela contratação de cerca de 20 mil trabalhadores temporários, entre as fábricas e lojas. As oportunidades de emprego para atuar nos parques fabris foram abertas em outubro, e a maioria já está ocupada desde o fim do ano. Agora, as principais contratações são para atuação nas lojas, como promotores de vendas, por exemplo.

O Grupo CRM (Kopenhagen e Brasil Cacau), que tem 1.000 trabalhadores efetivos, reforçou o quadro com 320 temporários, 60 vagas estão em aberto, e a empresa deve oferecer mais 96 postos de auxiliar de vendas nas lojas próprias. A Kraft Foods Brasil recrutou 6.800. A Nestlé prevê contratar 4.000 terceiros; a Garoto, 5.800; a Panduratta reforçou seus quadros com 1.300 temporários; a Top Cau contratou 1.600 profissionais e, a Village, 500 colaboradores. A Cacau Show inicia agora escolha de 3.375 pessoas.

Indústria lança 90 produtos neste ano

As indústrias filiadas à Abicab vão lançar 90 produtos nesta Páscoa. Uma das novidades é o ovo para comer de colher. A Cacau Show é uma das que trazem a opção, o Trio Gourmet vem acompanhado por uma colherzinha. A Kopenhagen lança o tradicional ovo Lajotinha na opção de colher e a Munik também investe neste produto.

Já a Garoto aposta em mudanças na linha de produção e em seus tradicionais chocolates em formato de ovos, além dos personagens infantis. O destaque da Lacta, que comemora o centenário, é o Ovo Lacta 100 anos – combinação de cinco marcas em um ovo (Sonho de Valsa, Diamante Negro, Laka, Bis e Lacta.

O famoso Kit Kat, chocolate mais vendido da Nestlé, terá também formato de ovo de Páscoa. Na linha teen, o produto do cantor Justin Bieber é o destaque da empresa. Entre as novidades da Village estão itens com personagens infantis Patati Patata.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;