Os líderes sindicais presentes na festa da CUT no autódromo de interlagos em São Paulo aproveitaram o palco para rasgar elogios ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticar o mandato neoliberalista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Durante o ato político em homengem ao Dia Internacional dos Trabalhadores os dirigentes sindicalistas falaram para as cerca de 300 mil pessoas que participavam da festa que o governo Lula está fazendo o Brasil crescer, depois de FHC ter mergulhado o País no fracasso.

“Neste ano de eleição, vamos ver quem vai estar ao lado de quem leva o País para o buraco e quem está apoiando aquele que está fazendo o País andar a passos largos”, disse Sérgio Rubens Torres da MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro).

Além disso, a população presente aos shows de Cesar Menotti & Fabiano, Leonardo e Daniel pode apoiar também a central pela redução da jornada de trabalho sem redução nos salários.

Segundo Artur Henrique, presidente da CUT nacional, até o dia 28 de maio os sindicatos associados a central pretende arrecadar cerca de 2 milhões de assinaturas de pessoas empenhadas a contribuir com a luta da diminuição do período de trabalho.

“Os empresários tem ganho muito dinheiro nos últimos anos, por isso, não podemos perder a oportunidade de lutar pela classe operária do País agora. Nenhuma empresa vai falir ou fechar com a nossa reivindicação. Apenas ela vai proporcionar mais de 2 milhões de empregos”, comentou Henrique.

Para ele, o setor empresarial é o único que resiste a campanha dos funcionários trabalharem 44 horas semanais em vez de 40 horas de trabalho.

“Depois de 20 anos de conquista no recuo de horas – de 48 horas para as atuais 44 horas – vemos que os empregados do País merecem ter mais tempo para se qualificar e também passear com a família”, explicou o presidente da CUT nacional.

Já para o presidente da CUT de São Paulo Edílson de Paula, os trabalhadores brasileiros têm muito o que comemorar nesta data.

 “Nos quase oito anos de mandado do presidente Lula o desemprego fui reduzido, a economia anda batendo recorde de produção e agora com a luta a favor da redução da carga horária sem diminuição do salário, teremos mais para comemorar”, apontou Edílson.

Edílson anunciou que a ação terá apoio também dos artistas e cantores. O Leonardo, por exemplo, a partir de ontem começou a levanta a bandeira da diminuição de horas trabalhadas, que segundo o presidente já foi aceita pela categoria dos metalúrgicos.