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Preso acusado de estuprar três filhas
Por André Vieira
Especial para o Diário
10/05/2008 | 07:10
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A Polícia Civil de Rio Grande da Serra prendeu na tarde de quinta-feira o desempregado M.G.O., 38 anos, acusado de estuprar as três filhas, de 11, 13 e 15 anos, na Vila Conde Siciliano. De acordo com vizinhos, ele teria atuado durante vários anos como inspetor de uma escola no bairro.

Responsável pelas investigações, o delegado-titular da cidade, José Luiz Parisoto, afirmou que o desempregado, em depoimento, admitiu ter mantido relações sexuais com a filha mais velha há cinco anos.

Ao saber das denúncias, as autoridades agiram rápido. Segundo o delegado, os policiais souberam do caso na quarta-feira, a partir do relato de um PM que teria sido procurado por uma amiga da filha mais velha do acusado, para quem a vítima teria confidenciado os abusos.

Também conhecedor da denúncia, o Conselho Tutelar procurou a mãe e as três filhas e ofereceu abrigo à família na mesma noite. "Na manhã seguinte, ouvimos a mãe e a menina mais velha, que confirmou os fatos com detalhes", contou o delegado. "Depois fomos até a casa da família, por volta das 16h, e prendemos o suspeito", completou.

Na delegacia, M.G.O. confessou que praticava sexo com as filhas. Segundo Parisoto, o acusado alegou que as filhas se insinuavam para ele, e que começou a se relacionar com as meninas porque não era mais procurado pela esposa, a dona de casa I.C.S.M., 37.

De acordo com o delegado, o acusado afirmou que tomava remédio e fazia uso de bebida alcoólica. Essa combinação,na opinião de M.G.O., teria contribuído para que ele tivesse a iniciativa de se relacionar com as filhas, já que, sob efeito das substâncias, ele poderia não ter consciência do que estava fazendo.

"Os exames realizados pelo IML (Instituto Médico-Legal) confirmaram que as três foram violentadas", disse o delegado. Ainda segundo Parisoto, M.G.O. afirmou que mantinha relações sexuais com a filha de 13 anos, há um ano e meio; e com a caçula, desde o começo deste ano.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária do acusado, deferida pelo juiz da Comarca de Rio Grande da Serra. M.G.O. foi, então, encaminhado à Cadeia Pública de Santo André.

"A prisão foi agilizada para a própria segurança dele, que poderia sofrer agressões", disse Parisoto, que ouviu sexta-feira as duas meninas mais novas e pretende colher também o depoimento da testemunha que contou o caso ao PM. O delegado espera concluir o inquérito na próxima semana, antes que expire o prazo da prisão temporária, de 30 dias.

O ex-inspetor não tem passagem pela polícia e responderá pelos crimes de estupro e atentado ao pudor, que prevêem, sem os possíveis agravantes, pena de reclusão de seis a dez anos. (Supervisão de Heloísa Cestari)




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