O Brasil é uma das economias que deverão liderar a recuperação da América Latina, na opinião do Merrill Lynch. Uma equipe de analistas do banco liderada por Felipe Illanes afirma que sua projeção de expansão de 0,5% do PIB brasileiro este ano não é excessivamente otimista e que o Banco Central tem espaço para manter sua política de afrouxamento, reduzindo a taxa de juros dos atuais 9,25% para 8,75% no próximo dia 22. O relatório é fruto de reuniões dos analistas com clientes e investidores nos EUA e no Brasil na segunda quinzena de junho.

"A melhoria dos indicadores soberanos de liquidez e solvência coloca o País numa forte posição para lidar com as condições de mercado internacionais adversas." Os analistas projetam um crescimento médio de 1,8% do PIB brasileiro para o segundo, terceiro e quarto trimestres deste ano, e citam fatores que sustentam sua visão favorável com relação ao País, principalmente se comparado com o restante da América Latina.

Um deles é a previsão de que, "em seu pico, o atual impulso monetário, que deverá começar a afetar a atividade doméstica no segundo semestre, será ainda mais poderoso do que o ciclo de afrouxamento anterior". Outro é a estimativa de que as exportações líquidas contribuirão com cerca de 0,6 ponto porcentual para o crescimento do PIB este ano.