Economia Titulo Lei antifumo
Plantadores de tabaco contestam restrição ao fumo
13/04/2009 | 07:01
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O governador de São Paulo, José Serra, deveria ter um pacote mais abrangente para tratar das questões de saúde da população, em vez de mirar o consumo de tabaco, diz o presidente da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), Benício Albano Werner. Ele explica que as campanhas de restrição ao fumo têm quase sempre caráter eleitoreiro e, justamente por isso, se mostram inócuas. No mundo todo, lembra, são feitas campanhas e mais campanhas e, no entanto, o consumo de tabaco continua a crescer. No caso paulista, Werner destaca que o a poluição causada pelos aviões que descem e decolam em Guarulhos "é um problema muito maior que o do cigarro". "Os carros e caminhões, então, nem se fala."

As restrições, políticas, diz o presidente da Afubra, fazem cair a produção de tabaco no Brasil, mas o valor recebido pelo agricultor vem aumentando proporcionalmente. Na safra encerrada agora em março, a cotação média do quilo de fumo foi 18% maior em relação à safra anterior.

Conforme estatísticas do Euro Monitor Internacional, citadas por Werner, o consumo de fumo no mundo creceu 0,8% na safra entre 2005 e 2006. Na safra seguinte o crescimento foi de 2,3%. As medidas de restrição, incluindo o aumento da carga tributária, causam prejuízo direto no bolso do produtor e não há indícios consistentes de melhora na saúde da população.

Em 2007, segundo o presidente da Associação dos Fumicultores, o setor fabricante de cigarros no Brasil pagou R$ 7,74 bilhões de impostos, fora o Imposto de Renda, o que representou uma carga tributária de 70,56%. "Isso significa que, de cada R$ 100 de renda gerados pelo setor, R$ 70,5 foram absorvidos pelo governo. Agora, a partir de maio, com nova taxação imposta ao setor, a carga tributária passará para a casa de 77%. A Dinamarca, que não planta um pé de fumo, tem a maior taxação ao tabaco, 83%", lamenta o presidente da Afubra.




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