Política Titulo Trajetória
Clã Jacomussi completa quatro décadas na política
Por Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
28/01/2013 | 06:53
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Orlando Filho/DGABC


 

O resultado da última eleição municipal consolidou quatro décadas de participação da família Jacomussi no cenário político de Mauá. Vereador pela oitava vez, Admir Jacomussi (PRP) mantém a representação do clã por dez legislaturas consecutivas, somada às duas passagens do único filho, Atila (sem partido), no Parlamento mauaense.

Jacomussi ingressou pela primeira vez à Câmara em 1973, filiado à Arena (dissolvido em 1979 e sucedido pelo PDS). Ele renovou os mandatos em 1976 (Arena) e 1982 (PDS).

A partir da eleição municipal de 1988, Jacomussi iniciou a sequência de pleitos como mais votado à vereança. Naquele ano, filiado ao PSDB, recebeu 2.651 votos, repetindo a liderança em 1992 (PMDB, 2.036), 1996 (PSDB, 5.320) e 2000 (PPS, 4.693).

Prestigiado, Jacomussi decidiu apostar suas fichas na candidatura a prefeito em 2004 pelo PPS, enquanto lançava Atila para vereança. No entanto, o pleito para o Executivo naufragou, com apenas 7.966 sufrágios e distante da polarizada disputa entre Márcio Chaves (PT) e Leonel Damo (na época no PV, hoje no PMDB). Mesmo assim, Atila manteve o nome da família na Câmara, eleito com 3.844 votos.

Durante a gestão Damo (2005-2008), Jacomussi se tornou secretário de Obras. No pleito municipal, deixou Atila buscar a reeleição e, filiado ao PV, obteve êxito ao se tornar o vereador mais votado naquela eleição com 8.432 votos.

No ano passado, Jacomussi voltava a pleitear cadeira no Legislativo municipal desta vez pelo modesto PRP, ao mesmo tempo em que Atila saía para disputa ao Paço de volta ao PPS, mas novamente foi derrotado pela polarização entre a família Damo na figura da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) e o petismo, encabeçado por Donisete Braga.

Em seguida, Atila se uniu a Donisete no segundo turno e, após vitória do petista, foi contemplado com o comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

 

SEM SUCESSOR

Curiosamente, Jacomussi não deseja um novo sucessor na família para seguir a hegemonia no cenário político de Mauá. Hoje, ele tem apenas um neto, Iago Jacomussi, de 14 anos. "Queria que ele (Iago) seguisse outro caminho, pois a política é muito desgastante. O Atila cresceu enquanto eu estava em reuniões (políticas). Não consegui curtir meu filho quando era mais novo", lamentou.

 

 




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