O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estuda colocar o ex-chefe do Executivo de Diadema Mário Reali (PT) como interlocutor da Capital com o Consórcio Intermunicipal. Reali ocuparia assento no colegiado do Grande ABC, no qual foi presidente de 2011 até junho de 2012.

A função do ex-gestor de Diadema na prefeitura paulistana será dialogar com os 39 municípios da Região Metropolitana, principalmente nos três consórcios da Grande São Paulo - além da entidade da região, há o Conisud (Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo) e o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê).

Os três grupos são comandados hoje por petistas. A instituição do Grande ABC é gerida por Luiz Marinho (PT), de São Bernardo. Chico Brito (PT), de Embu das Artes, lidera o Conisud e Sebastião Almeida (PT), de Guarulhos, preside o Condemat.

"Há essa possibilidade, estou fazendo plano de trabalho, mas não tem nada definido. Estamos discutindo", admite Reali.

A criação de assento à gestão Haddad foi levantada por Marinho na primeira reunião de 2013 dos prefeitos. Além da cadeira para a prefeitura paulistana, o Consórcio avalia de maneira avançada o convite a representante do governo do Estado, hoje sob comando de Geraldo Alckmin (PSDB).

SUBPREFEITURAS

Reali afirma que o plano de Haddad é dar autonomia às subprefeituras da Capital para tratar problemas das divisas com cidades do Grande ABC.

O petista cita subprefeituras de Cidade Ademar, Jabaquara e Ipiranga (na Zona Sul), além da Vila Prudente (na Zona Leste) como áreas em que o governo paulistano pretende estimular o trabalho integrado. "Queremos dar poder aos subprefeitos com temas locais", argumenta Reali.