Esportes Titulo Brasileirão
Palmeiras só empata e
vê Série B mais perto

Barcos marca no fim, evita o pior, mas vitória do Bahia deixa
a equipe a sete pontos da fuga do rebaixamento, no 18º lugar

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
05/11/2012 | 07:00
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O drama continua. Apesar do bom futebol e das diversas chances criadas - mas desperdiçadas -, o Palmeiras empatou com o Botafogo por 2 a 2, ontem, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara e segue seu calvário no Brasileirão. O Verdão chegou aos 33 pontos, permaneceu na 18ª colocação, e agora está sete atrás do Bahia, primeiro time fora da zona da degola.

Empurrado pela torcida, o Palmeiras mostrou ousadia no começo da partida. Mas foi surpreendido pelo Botafogo logo aos dez minutos, quando Lodeiro arriscou e Bruno espalmou. A resposta veio com Patrick Vieira, que desperdiçou na cara do gol.

Depois, aos 20, o Glorioso abriu o placar. Andrezinho tocou para Lodeiro. O uruguaio bateu, a bola acertou a trave e, no rebote, o mesmo Lodeiro fez 1 a 0. Com o gol, o desespero palmeirense veio à tona. O time demonstrava as mesmas falhas de boa parte do campeonato, erros no passe, nenhuma criatividade e nervosismo. Porém, conseguiu o empate aos 28. Marcos Assunção bateu escanteio, e após desvio de Patrick Vieira, Barcos fez: 1 a 1.

A igualdade empolgou o Palmeiras. E na principal arma da equipe. a bola parada, Luan, aos 41, cabeceou para fora, para lamentação da torcida.

O segundo tempo foi marcado pelo excesso de gols perdidos do Verdão. Luan (duas vezes) e Maikon Leite desperdiçaram a chance do empate. O Botafogo, por sua vez, aproveitou e marcou o segundo com Elkeson, aos 19: 2 a 1.

O nervosismo palmeirense aumentou. Maikon Leite acertou a trave aos 22, Patrick Vieira, dois minutos depois, perdeu chance inacreditável, sem goleiro. Barcos tentou aos 30, mas a zaga tirou sobre a linha.

A pressão seguia e o pesadelo crescia a cada minuto que passava. Quando todos já lamentavam a derrota, Barcos, aos 45, fez um golaço e empatou a partida, prolongando por pelo menos mais alguns dias o sonho de o time se manter na Primeira Divisão.

 

Barcos reafirma esperança em escapar da degola

A decepção era evidente no rosto dos jogadores do Palmeiras ao fim da partida em Araraquara. O time criou chances, pressionou o Botafogo e poderia ter saído de campo com a vitória. Porém, entre os atletas, ficou a sensação de que o rebaixamento ainda pode ser evitado.

"Temos que pensar no próximo jogo. Ainda faltam quatro partidas, temos que ganhar para ter uma chance. Depende de nós. O que mais queremos é permanecer na Série A e esse é o mais importante para o Palmeiras e para mim", disse o atacante Barcos, autor dos dois gols da equipe no duelo.

Apesar de contente pelos gols, o argentino preferiu minimizar o feito. Quando chegou ao clube, o argentino prometeu que faria 27 tentos na temporada e cumpriu a promessa. "Os gols são importantes, mas o principal é o Palmeiras. O empate é um prêmio ao Botafogo. Criamos muitas chances, mas não concluímos. Poderíamos ter feito quatro ou cinco gols."

CONFUSÃO

Ao final da partida, torcedores do Palmeiras invadiram o gramado para agredir os jogadores. A Polícia Militar precisou intervir e lançou gás de pimenta nos palmeirenses. Do outro lado do estádio, nas arquibancadas próximas à entrada dos vestiários, outros torcedores atiraram objetos nos atletas. O elenco deixou o gramado rapidamente e foi escoltado até a saída de Araraquara.

Durante a partida, os torcedores xingaram quase todos jogadores do elenco. Barcos e Marcos Assunção foram os únicos poupados. Já o meia Valdívia foi lembrado com os gritos de "meu Palmeiras não precisa de você".




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