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Abono incorpora salário até 2016, diz líder de Pinheiro

Paço de São Caetano recua e afirma que bônus a educadores fará parte do holerite até o fim do governo

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
23/04/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Prefeitura de São Caetano recuou e não vai mais incorporar o abono ao salário dos funcionários da Educação neste ano, como o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) havia prometido. Segundo o líder do governo na Câmara, Jorge Salgado (Pros), o bônus fará parte dos vencimentos dos servidores, mas não há previsão exata de quando a junção ocorrerá. “O prefeito prometeu fazer isso até o fim do governo (em 2016)”, disse o parlamentar.

Na sessão de ontem, cerca de 200 profissionais do setor lotaram o plenário para criticar os valores oferecidos pela Prefeitura e reivindicar alteração no projeto que autoriza a concessão do abono, que será votado no dia 29. O texto segue os mesmos moldes da proposta do ano passado, em que o bônus varia entre R$ 100 e R$ 1.000, dependendo da produtividade e do cargo.

No ano passado, Pinheiro afirmou ao Diário que o acréscimo seria incluído nos vencimentos a partir deste ano, a fim de equiparar ou superar o salário dos educadores das demais cidades do Grande ABC.

Munidos de apitos, narizes de palhaço e cartazes – alguns com erros de ortografia – professores, coordenadores e inspetores de escola vaiaram os parlamentares, com exceção da vereadora Magali Selva Pinto (PSD), que foi secretária de Educação nas duas gestões de José Auricchio Júnior (PTB-2005 a 2008 e 2009 a 2012), atual secretário estadual de Esportes.

Os manifestantes também escancararam insatisfação com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Caetano) e entoaram gritos de apoio à greve. Parte dos servidores foi recebida pelos parlamentares, enquanto outra parcela obstruiu por mais de uma hora a Avenida Goiás.

Os vereadores prometeram levar as reivindicações ao Executivo, como a aplicação do plano de cargos e salários. Salgado, no entanto, garantiu que a gratificação não será modificada. O abono beneficiará cerca de 4.000 servidores da Educação e causará impacto de R$ 20 milhões por ano na folha de pagamento.




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